Ante as pedradas da ofensa,
Toda virtude real
Desagrava-se, buscando
O esquecimento do mal.
Cabeça que não se nutre,
Nas águas do coração,
Mais cedo encontra o deserto
Da secura e da adição.
Se desejas aprender
Para servir e ensinar,
Abre os livros, cada dia,
Estuda mais devagar.
Somente amamos na Terra
A verdade nobre e rica,
Quando essa mesma verdade
Não nos fere ou prejudica.
Ao chicote da maldade
Que te lacera ou desgosta,
Não te esqueças que o silêncio
É sempre a melhor resposta.
A félea desilusão,
Muita vez, é a casa escura
Em que vamos encontrar
A verdadeira ventura.
Embora a dor, guarda o bem
Por teu nobre e santo escudo.
O tempo é o mago divino
Que cobre e descobre tudo.