No esforço de vigilância,
Não dispenses a energia,
Onde o lobo acha um cordeiro,
Volta, forte, no outro dia.
Há jornalistas no mundo
De idéias e bolsas fartas,
Que, embora vivam de folhas,
Fazem menos que as lagartas.
Às casas ricas e nobres
Irás por requerimento,
Mas do ninho dos aflitos
Não aguardes chamamento.
Tem calma nas provações,
Por mais duras, por mais graves…
Chega o dia em que os leões
São simples manjar das aves.
Espírito prevenido
No mal contínuo e revel
Faz ver cobras onde há pombos,
Veneno e lodo onde há mel.
Cautela no coração!
O mal que chega às braçadas,
Depois da devastação
Vai saindo às polegadas.
Enche os teus dias no mundo
Com júbilos do dever,
Há sempre angústia e saudade
No instante do entardecer…
Trata os irmãos atacados
Da cólera e irritação,
A compressas de silêncio
E bálsamos de oração.
Deveres muitos no bem?
Não guardes mágoa e receio…
O pouco é suficiente
Quando Deus está no meio.