No quadro que te rodeia,
Em pleno bem destacado,
Hás de ver no poste humilde
Um servidor devotado.
Encontra-se em toda parte,
Com a decisão de quem zela,
Na cidade mais formosa,
Na lavoura mais singela.
Conhece o rumo acertado
Das fábricas, das usinas,
Coopera nos resultados
Do esforço das oficinas.
Ao calor do sol a pino,
Como à frescura do orvalho,
Sempre firme no seu posto,
Exemplifica o trabalho.
Atende aos bens do serviço,
Noite toda, dia inteiro,
Ampara a luz da avenida,
Como escura um chuchuzeiro.
Se há lugarejo às escuras,
Em justa necessidade,
O poste vence as distancias,
Em busca da claridade.
Operários sem recursos,
Para o pão de cada dia?
Vai direto às quedas dágua,
À procura da energia.
Auxilia nos transportes,
Coopera nas ligações,
Segura avisos na estrada,
Fornecendo informações.
Não cobra, por seus trabalhos,
Nem ordenados, nem multa,
Na sua doce humildade
É um benfeitor que se oculta.
*
O poste compele o homem,
Sem vaidade, sem cobiça,
A fugir, em qualquer parte
Dos venenos da preguiça.
Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier