Se a chuva pode tardar,
Há sempre a bênção do orvalho,
Sustentando a Natureza
No campo do seu trabalho.
Ao termo de cada noite,
Nas auroras coloridas,
Podemos felicitá-lo
Nas ervas agradecidas.
A planta nunca descrê;
Espera, trabalha e dá.
Na luta jamais se esquece
Que o Pai não a esquecerá.
Se o ano é de chuva escassa
Para o bem das produções,
Muitas vezes basta o orvalho
Na força das estações.
Ao seu beijo a terra espera,
A folha volta ao verdor,
A flor ostenta-se em festa,
O dia é renovador.
Nas forças da Natureza,
O orvalho é como o sorriso
Que desce diariamente
Das bênçãos do paraíso.
Seu hálito carinhoso
Ameniza a atmosfera;
No verão mais sufocante
É filho da primavera.
É sempre um fraterno amigo,
Um símbolo de defesa,
Do bem entre as forças várias
Que oprimem a Natureza.
A nós outros, ele ensina,
No efeito de sua ação,
Quanto pode conseguir
A boa disposição.
*
Sorrisos, calma, bondade,
Prudência, paz, bom humor,
São em tudo o brando orvalho
Da altura do nosso amor.
Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier