O BANHO



Dos preceitos da higiene,
Fonte clara do vigor,
Destaca-se, em qualquer tempo,
O banho confortador.

Depois da viagem longa,
Findo o esforço, cada dia,
Renovam-se, ao banho calmo,
A paz, a força, a alegria.

A própria vida aconselha,
Por vibrar, forte e louçã,
O contacto da água pura,
Ao começar da manhã.

No trato vulgar do mundo,
À frente da humanidade,
O corpo mais nobre e belo
Não se esquiva à sujidade.

Mais além há fumo e lama;
Mais aquém, há lixo e poeira;
Todo o corpo participa
Do suor e da canseira.

As células esgotadas,
Em ânsias de dor e morte,
Requerem alguma coisa
Que as ajude e reconforte.

Eis que surge o banho amigo,
Com recursos sempre iguais,
A água cariciosa
Tem carinhos maternais.

Depois dele o alívio santo,
A bênção ditosa e pura,
A paz regeneradora
Ao corpo da criatura.

Assim também, nossas almas,
Em serviços contra o mal,
Nunca podem prescindir
Do banho espiritual.

*

Luta a luta, dia a dia,
Levemos o coração
Às águas do Pensamento
Para o banho na Oração.

Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier