Ary Brasil Marques
Um dos dez mandamentos nos ensina a não matar, e isso me deu o tema para análise hoje.
O homem, desde criança, aprende a matar. Qual de nós, por exemplo, que não se enche de satisfação ao matar um pernilongo que nos perturba, pisar com violência em uma barata ou dar uma pancada na cabeça de uma cobra?
Matamos com facilidade árvores, plantas e animais que para nós são seres inferiores. Para nos alimentar, não temos dúvida em eliminar frangos, porcos ou vacas, isso apenas para dar um exemplo.
Nas guerras não temos remorso de matar seres humanos, nossos irmãos, apenas por serem eles nossos “inimigos” ao defender cada um o seu país.
Os jogos eletrônicos que são utilizados com frequência pelas nossas crianças ensinam e recomendam a arte de matar. Alguns deles primam pelo sadismo e pela violência, incentivando os jovens a um realismo de sangue.
No trânsito das grandes cidades em razão do abuso de velocidade e falta de cuidados, a morte provocada por seres humanos é frequente e comum, o que nos torna insensíveis com o que acontece com os outros.
O uso de drogas e de bebidas alcoólicas tem levado milhões de seres ao crime. A televisão nos mostra todos os dias crimes hediondos, com a maior naturalidade. Muitas pessoas ficam horrorizadas com essas notícias, mas não fazemos nada para mudar essa situação.
Nos dias de hoje o mandamento “não matarás” é desobedecido a cada instante, em todos os cantos do planeta.
Os dez mandamentos nos trazem a lei do que devemos e do que não devemos fazer, e constatamos que temos muito a caminhar para cumprir cada um deles.
Se formos fazer uma análise mais profunda, além do que foi citado acima, costumamos matar a alegria, a esperança, a autoestima e temos muitas outras formas de matar.
Vamos nos esforçar para eliminar o mal que nos leva a matar, orientando e dando exemplos positivos para nossas crianças e para os nossos jovens.
Só assim deixaremos de errar no caso do mandamento estudado hoje.
SBC, 30/07/2007.