Não te proclamas inútil
Porque te falte vintém.
O amor espontâneo e puro
É a fonte de todo o bem.
Se o desejo de ajudar
É a força com que te afinas,
Resguarda-te na humildade,
Olha as coisas pequeninas.
Toda delonga no auxílio
É como luz que se atrasa;
Na exaltação do melhor,
Começa da própria casa.
À queixa dos entes caros,
Traze a bênção da esperança:
Suporta com paciência
O choro de uma criança.
Se um parente vive errado,
Dá-lhe à vida, estranha e louca,
A prece no sentimento
E a caridade na boca.
Lava o prato que te serve,
Compõe a roupa da mesa,
Toma a vassoura e protege
A formação da limpeza.
Na indiferença da rua,
Por mais pressa em teu caminho,
Estende o braço ao enfermo
Que segue triste e sozinho.
Atravessando a calçada,
Coopera em favor do asseio
E desloca todo entrave
Que perturbe o passo alheio.
Estira a semente amiga
No extenso lençol do chão,
Envolvendo a própria estrada
Em vida, perfume e pão.
Articula, onde estiveres,
Verbo doce e cristalino.
Duas frases de bondade
Elevam qualquer destino.
Não olvides que Jesus,
O Mestre da Redenção,
Trouxe a luz do Céu à Terra
No ouro do coração.
Do livro “ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier