Arquivo da categoria: Espírita Amigo

Associada ao conjunto de posts importados do blog homônimo

CONSIDERAÇÕES SOBRE O SUICÍDIO

Ary Brasil Marques
O suicídio é uma prática condenada pela maioria das pessoas e pelos religiosos em geral. Costuma-se dizer que quem pratica o suicídio está fazendo o pior pecado por ir contra Deus, sendo pois uma ação inadmissível e má.
O Livro dos Espíritos nos dá uma noção exata do que é o suicídio, mostrando-nos a insensatez desse ato, e explica que todos responderão pelos atos praticados.
A leitura de alguns livros espíritas, tais como Memórias de um suicida e Martírio de um Suicida, nos trazem a narração de muito sofrimento por parte daqueles que buscam essa forma de fuga da vida.
Só a descrição do Vale dos Suicidas, local de sofrimento onde se reúnem irmãos nossos que passaram por essa terrível experiência, nos enche de pavor.
Analisando o ocorrido com queridos amigos nossos, atingidos pela tristeza da perda de entes queridos que desertaram da vida terrena por vontade própria, vamos tecer algumas considerações.
Em primeiro lugar, Deus é amor infinito. Ele nos criou a todos simples e ignorantes, mas todos destinados a alcançar um dia a perfeição. O espírito evolui através de um número infinito de encarnações, em cada uma delas aprendendo um pouco mais e tendo como mestres os próprios erros e fracassos. O espírito avança, cai e levanta muitas vezes, até que um dia consiga alcançar essa perfeição.
O maior espírito que pisou na face da Terra, nosso Mestre Jesus, ao ser crucificado, insultado, vilipendiado, com lanças sobre o peito e uma coroa de espinhos na cabeça, orou ao Pai Celestial dizendo: “Pai, perdoai-os, porque eles não sabem o que fazem.”
Isso demonstra que todos aqueles que praticam a iniquidade, o mal, o erro, o suicídio, são irmãos nossos que não sabem o que fazem. A própria lei humana, ao julgar aqueles que vão prestar contas de seus atos, leva em consideração o conhecimento, e pune de maneira mais branda os ignorantes, os que não sabem o que fazem, os que praticam o erro mais por uma forma culposa do que dolosa.
Lembro-me dos jogos de criança, do ludo. Naquele joguinho infantil, avançamos com um peão por uma pista quadriculada, de acordo com o número que aparece quando jogamos o dado. Conforme o número que tiramos, avançamos igual número de casas. Às vezes, dá um número que nos leva a uma casa marcada com o castigo de voltarmos atrás para o início do tabuleiro. Na vida acontece a mesma coisa. Quando cometemos um erro, e o suicídio é o erro maior, temos que voltar para o início da jornada, começar de novo, pois Deus é infinitamente bom e ama igualmente a todos os seus filhos. Ele certamente dará àqueles que faliram a oportunidade de recomeçar, tantas vezes quantas forem necessárias.
Assim, aquelas pessoas queridas que cometeram atos tão deploráveis, não ficarão abandonadas, nem irão para um inferno eterno. Cabe a todos os que amam tais criaturas, orar com fervor, com confiança, ao Deus de amor e de bondade, e Ele vai socorrer esses nossos irmãos, vai lhes dar esperanças, vai lhes proporcionar novas oportunidades.
É claro que eles estão sofrendo. Mas o sofrimento é o caminho da redenção, da recuperação, e esses nossos queridos irmãos não estão abandonados.
Jesus mesmo nos disse que são os mais faltosos, os mais necessitados, os mais transviados, que terão maior atenção por parte do Senhor, pois são eles as ovelhas transviadas muito importantes para que venham a ser trazidos de volta para o seu redil.

SBC, 09/09/06.        

CONSIDERAÇÕES SOBRE A VELHICE

Ary Brasil Marques
Estou comemorando 79 anos de idade. Faço parte de uma enorme classe de aposentados. Para muitos, aposentado é aquele que não trabalha, que vive em um “dulce far niente”.
Eu não penso assim. Acho que há muito trabalho que merece nossa atenção diária. Exercitar a mente, ler, escrever, fazer palestras, palavras cruzadas, navegar na Internet, dar carinho a quem precisa, participar como voluntário em alguma entidade beneficente, são apenas algumas atividades que podem encher de satisfação o dia de uma pessoa idosa.
Costuma-se usar o adjetivo de velho para identificar os idosos. Velho é pejorativo. Velho é trapo. Eu não me considero velho. Acho que a melhor maneira para identificar a pessoa que tem mais idade é, como diz o Juca Chaves, seminovo. Somos seminovos, não somos velhos. E assim como os carros antigos, os seminovos costumam servir aos seus donos tão bem como o fazem os modernos veículos vendidos hoje. E mais, aguentam batidas mais violentas do que as frágeis latarias dos carros novos.
Acredito que todas as pessoas vão um dia chegar à idade mais avançada, se conseguirem vencer as doenças, os acidentes e as adversidades do caminho. O ser humano começa a envelhecer na infância, e não há meio de fugir dessa verdade. Até por inteligência, para evitar um sofrimento que só virá para aqueles que não aceitam aquilo que não podem mudar, acho que todos deveriam se preparar para todas as situações da vida e para todas as idades. Devemos brincar na infância, nos divertir na adolescência, ter uma mocidade plena de atividades sadias, ser cidadãos úteis à sociedade na idade adulta e curtir a terceira e a quarta idade com serenidade e sabedoria.
O segredo é saber utilizar os recursos recebidos de Deus em todas as fases de nossa existência, agradecer por eles e os utilizar dentro do amor e do desejo de ser útil.
Quem não pode correr, anda. Quem não pode andar sem apoio, que arrume uma bengala. Quem não puder andar nem com ela, use uma cadeira de rodas.
O importante é a conscientização de que devemos viver intensamente com os recursos que nos sobrarem na grande caminhada da vida terrena rumo à evolução.
Somos todos espíritos imortais, e o nosso corpo físico é apenas um instrumento temporário, sujeito ao desgaste do tempo, que o usaremos enquanto estivermos aqui.
Recém-nascidos, novos ou seminovos, vivamos a vida com muita gratidão ao nosso Pai Celestial pela maravilhosa oportunidade que nos deu, na presente encarnação.

SBC, 06/09/2007.

CONSELHOS AO EXPOSITOR

Ary Brasil Marques
1 – LER BASTANTE
No preparo da palestra, o expositor deve ler bastante sobre o tema escolhido e também sobre outros assuntos. Deve pesquisar usando todos os recursos disponíveis, tais como: jornais, revistas, livros, dicionário, Internet, etc.
2 – SINTONIA
O expositor deve se manter durante o dia todo de sua palestra em sintonia com o Plano Espiritual superior, evitando conversas e assuntos desagradáveis, discussões, atritos e programas de rádio e televisão que focalizam coisas negativas.
3 – HISTÓRIAS
O expositor deve memorizar um bom número de histórias e historietas, as quais serão usadas pelo mesmo no momento que julgar oportuno de sua palestra.
4 – PRECE INICIAL
Antes de iniciar sua palestra, deve o expositor fazer uma prece, colocando à disposição do Plano Espiritual todos os seus recursos e conhecimentos, e solicitando auxílio e inspiração para a tarefa que está prestes a iniciar.
5 – VAIDADE
Por melhor expositor que seja, deve evitar sempre a vaidade, não se deixando influenciar pelos elogios dos seus ouvintes. Lembrar que tudo o que fazemos e o que falamos não é mérito nosso, mas acréscimo de bondade divina.
6 – INÍCIO
Antes de iniciar a exposição, respirar profundamente e fixar toda a assistência, vibrando amor intenso para cada um dos presentes.
7 – ASSUNTO
O expositor deve sempre semear esperanças e otimismo aos ouvintes.
8 – AGRADECER
Ao término da exposição, orar agradecendo a Deus e aos espíritos amigos que lhe ajudaram em sua missão.
9 – RESPONSABILIDADE
O expositor é responsável pelos conceitos que emite, e deve ter cuidado para não fazer afirmações contrárias à Doutrina ou que ataquem pessoalmente pessoas ou instituições.
10 – COBRANÇA
Lembrar que nossos atos e atitudes devem guardar coerência com tudo aquilo que falamos. Teremos de prestar contas por tudo o que fizermos, e também por tudo o que falamos ou deixamos de falar.

SBC, 22/09/2006.

CONHECEREIS A VERDADE E ELA VOS LIBERTARÁ

Ary Brasil Marques
Nos dias de hoje, dá-se grande importância ao poder da vontade. As pessoas são levadas a crer que basta querer para poder.
Tal assertiva vale até certo ponto. Em nosso entender, não basta querer, é preciso saber. Vejamos o seguinte exemplo: Um avião de passageiros, por uma circunstância qualquer, tem o piloto e o copiloto inconscientes em razão de efeito de uma bebida poluída e um dos passageiros se vê forçado a ir para a cabine e levar a aeronave ao destino.
O passageiro não conhece nada de avião. O painel, cheio de luzes e de botões, é para ele um verdadeiro enigma. O que fazer? Caso acione um botão errado poderá pôr em risco a segurança de todos. Só a pessoa habilitada, conhecedora do assunto, tem possibilidade de assumir a responsabilidade de agir em ocasião assim. Por mais que queira, o que vale é o conhecimento.
Outro exemplo: Uma pessoa se vê, de repente, em país estranho. Não conhece o idioma, nem os costumes, nada. Recebe um livro com explicações detalhadas de como deve agir naquele lugar. Só que o livro está em língua desconhecida para ele. De que lhe adianta, no caso, o querer. Ele não sabe, e por essa razão, não pode.
Allan Kardec, o insigne codificador do Espiritismo, recomendou a todos nós o seguinte:- Espíritas, amai-vos; Espíritas, instruí-vos.
Isso quer dizer que é importantíssimo se cultivar o amor, e também importantíssimo se buscar o conhecimento. Conhecereis a verdade, e ela vos libertará.
A chave de nossa libertação é, pois, o conhecimento. Até para amarmos o nosso semelhante precisamos saber porque devemos fazer isso e como vamos amar. Muita gente confunde amor com egoísmo possessivo e muitos pais, sob o pretexto de amar os seus filhos, os sufocam e impedem o seu crescimento, tentando preservá-los dos sofrimentos decorrentes do uso do livre-arbítrio nas experiências da vida.
Em nossa caminhada evolutiva, temos que buscar incessantemente o saber. Ler, estudar, participar de todos os processos de evolução do planeta, aprender. Os livros que permanecem fechados nas estantes são fontes de energia paradas e valem como água estagnada, sem utilidade.
A mediunidade é um dos melhores instrumentos de trabalho de que dispõem os homens. Por ela podemos manter um salutar intercâmbio entre o mundo material e o mundo espiritual, tanto para auxiliar aqueles que estão nas trevas, como também e principalmente receber instruções e conhecimentos dos Espíritos Superiores. Mas a mediunidade, para ser bem conduzida e confiável, tem que vir acompanhada de conhecimento. O médium que estuda, que conhece, que se aperfeiçoa, é muitas vezes mais confiável do que o médium ignorante.
É importante, pois, que os Centros Espíritas promovam cursos, palestras, estudos em grupo, troca de ideias e de conhecimentos. Assim, estaremos contribuindo para o desenvolvimento das pessoas, na busca incessante da verdade. E o conhecimento da verdade nos trará recursos para nossa evolução. Só esse conhecimento nos libertará das trevas da ignorância e nos permitirá os meios de crescer e evoluir.

SBC, 31/05/2007.

COMUNICAÇÕES ESPÍRITAS

Ary Brasil Marques
Consultando a Grande Enciclopédia Larousse Cultural, verificamos que o termo comunicação é derivado do latim, communicatio. Significa interação, troca de mensagens; ação de se comunicar com alguém, de estar em contato com outrem, geralmente pela linguagem; troca verbal entre um locutor e um interlocutor de quem o primeiro solicita uma resposta: A linguagem, o telefone são meios de comunicação. (Segundo Warren Weaver, “a comunicação inclui todos os procedimentos por meio dos quais uma mente pode afetar outra mente. Isto, obviamente, envolve não somente a linguagem escrita e oral, como também música, artes pictóricas, teatro, balé e, na verdade, todo comportamento humano.”
A comunicação entre os homens tem mudado radicalmente em razão da evolução, do progresso, da tecnologia. Enquanto os primitivos habitantes de nosso planeta se comunicavam guturalmente, com gestos e monossílabos, hoje o homem usa dos mais diversos meios de comunicação, tais como a televisão e o computador. A Internet em nossos dias é uma comunicação geral e global entre todos os povos, e sua influência é tamanha que já tem sido possível, com o uso dos recursos do ciberespaço, salvar vidas humanas que estão sendo atacadas por males estranhos e que, pelo intercâmbio de ideias, acabaram por encontrar a causa e consequentemente alcançar a cura. (É o caso de Zhu Ling, moça chinesa de 21 anos que se encontrava em coma acometida de doença estranha, salva pela ajuda de médicos do mundo inteiro acessados via Internet, no período abril/maio de 1996).
A comunicação dos espíritos também tem acompanhado o desenvolvimento do homem, e vem se aperfeiçoando através do tempo, à medida que vamos nos desenvolvendo e nos tornando aptos a usar da ciência e da tecnologia que, no plano espiritual, já existem há muito tempo.
No princípio os espíritos utilizaram as pranchetas, as mesas girantes, a tiptologia. Depois chegou a vez das comunicações mais aprimoradas, utilizando-se como intermediário uma pessoa encarnada que tenha mediunidade, servindo essa pessoa como um telefone, ou seja, apenas e tão somente a ponte de ligação entre o mundo espiritual e o mundo material.
No Livro dos Espíritos, Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, item VI, Kardec, entre outras coisas, afirma: “As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As comunicações ocultas ocorrem por influência, boa ou má, que eles exercem sobre nós com o nosso desconhecimento; cabe ao nosso julgamento discernir as boas e más inspirações. As comunicações ostensivas ocorrem por meio da escrita, da palavra, ou outras manifestações materiais, e mais frequentemente por intervenção dos médiuns que lhes servem de instrumento.”
No final do capítulo, há uma Nota de Allan Kardec, que diz o seguinte:
“Destas explicações decorre que os Espíritos podem produzir todos os efeitos que nós outros homens produzimos, mas por meios apropriados à sua organização. Algumas forças, que lhe são próprias, substituem os músculos de que precisamos para atuar, da mesma maneira que, para o mudo, o gesto substitui a palavra que lhe falta”.
No Livro dos Médiuns, Capítulo IV, item XXIII, Kardec pergunta:
“Concebemos que seja assim, quando o Espírito bate num corpo duro; mas como pode fazer que se ouçam ruídos, ou sons articulados na massa instável do ar”?
 Respondem os Espíritos:
“Pois que é possível atuar sobre a matéria, tanto pode ele atuar sobre uma mesa, como sobre o ar. Quanto aos sons articulados, pode imitá-los, como o pode fazer com quaisquer outros ruídos.”
Todos nós sabemos que o pensamento é força, capaz até de ser fotografado, e a telepatia é usada com sucesso por algumas pessoas. No plano espiritual o pensamento é a linguagem comum entre os Espíritos.
André Luiz nos mostra que, em Nosso Lar, os Espíritos utilizam a ideoplastia para mentalizar e criar suas moradas lá. É a força do pensamento que molda, que idealiza, que realiza.
Assim, cremos que os Espíritos têm todas as condições de usarem o fluido universal para se comunicarem conosco, com ou sem a presença de intermediários humanos. Assim como o homem encarnado progrediu e alcançou níveis tecnológicos maravilhosos, permitindo o uso da eletrônica e dos modernos aparelhos na solução de seus problemas, na cura, nas modernas cirurgias, etc., os Espíritos, com muito mais razão por estarem no plano de vida espiritual, mais amplo, têm condições que ainda não conhecemos de fazer esse intercâmbio com o mundo material.
As experiências de cientistas do mundo inteiro que conseguiram com a trans comunicação um contato com o mundo espiritual, são, pois, merecedores de nosso respeito e não é justo que combatamos esse tipo de comunicação por ficarmos parados no tempo, querendo preservar a todo o custo a codificação, e sendo mais realistas do que o rei, pois o próprio Allan Kardec admitiu ser o Espiritismo uma doutrina dinâmica, que iria se atualizando com o tempo à medida que o progresso da ciência fosse avançando.
Assim como os homens nos dias de hoje não podem deixar de acompanhar o vertiginoso progresso e a comunicação instantânea entre todos os povos pela Internet, sob pena de ficar à margem e perder o bonde da história, também os Espíritos agora podem utilizar os imensos recursos de que são possuidores e que não utilizavam antes por nos faltar estrutura para acompanhá-los.
Cremos que isso tudo é apenas o começo. Dia virá que não haverá necessidade de aparelho algum para que os Espíritos, encarnados ou desencarnados, se comuniquem. Todos se comunicarão de um modo direto, pelo pensamento, pela telepatia. Enquanto isso não se dá, vamos utilizar ao máximo os recursos que nos são confiados, humanos e tecnológicos.

27/11/96  

COMPROMISSO COM CRISTO JESUS E ATUALIDADE

Meus filhos, que o Senhor nos abençoe.
Estes são dias semelhantes àqueles, quando as sombras se adensaram em tentativa frustrada de obscurecer a luz.
Jesus, a luz do mundo, espalhou claridade da esperança, não obstante a treva teimosa tentasse impedir-lhe a projeção.
Hoje não são diferentes as circunstâncias. Como outrora, há predomínio da força sobre a razão; da impiedade sobre a justiça; da anarquia sobre a ordem; da violência sobre a paz; do vandalismo sobre a harmonia; da agressividade sobre a pacificação.
Os poderosos da ilusão cavalgam o ginete da loucura e espalham o fogo voraz do ódio, olvidando-se de que as labaredas crepitantes devorarão igualmente o seu trono de quimera.
A astúcia sobrenada, colocando-se acima da inteligência e do discernimento, erguendo louros à volúpia sem dar-se conta de que o fogo-fátuo cede lugar à realidade objetiva.
 As criaturas humanas, desnorteadas, armam-se umas contra as outras, embora a voz do Mestre conclame que se devem amar umas às outras.
Não seja, portanto, de surpreender que haja primazia dos valores utópicos em desrespeito às realidades demoradas e que o gozo, na forma enganosa do prazer, açule a imaginação para o desfrutar até a taça amarga do despertamento.
Aumenta a miséria social, avoluma-se a mole humana sem teto, o analfabetismo campeia nos países sem rumo e a morte prematura ronda os berços da oportunidade ceifando vidas. As enfermidades cruéis mutilam o corpo, a mente e a alma e a fome tornou-se o fantasma sempre presente diante de multidões volumosas que perecem à míngua de pão.
Mas, nos países da opulência o alcoolismo dizima legiões de vítimas ao comando do “deliriuns-tremens”, as drogas aditivas criam dependência ultriz cavalgando a juventude sem norte; os vícios profundos das gerações transatas ressurgem na velhice, desesperada pelo fim do périplo carnal e a ambição galopa engendrando as “máfias” que desgovernam Nações e criaturas e espalhando-se com os tentáculos cruéis da sua dominação por toda parte.
E uma paisagem triste e erma.
Por outro lado, a cultura sem Deus atinge expressões surpreendentes na técnica, na ciência e nas realizações das doutrinas avançadas, tornando a Terra um paradoxo.
Não obstante o aspecto calamitoso, o progresso vem trabalhando o granito das consciências, esculpindo as asas do anjo de libertação das vidas. Há muito horror! Porém, milhares de cientistas abnegados estão refugiados nos laboratórios nas pesquisas, para debelarem as enfermidades destrutivas, desenganadas, temerárias. Audaciosos nautas entregam as vidas procurando pouso nas estrelas. Mãos calejadas movem a enxada sulcando a terra para aumentar a produção de grãos. Mentes engenhosas devotam-se às facilidades para atender as criaturas humanas, diminuindo-lhes a fome. Genetas mergulham a mente na multiplicação das formas da vida, para diminuir o aspecto destruidor da condição humana diante do destino que parece não ter fim, e Jesus, governando a nau terrestre, condu-la ao porto do seu destino.
Há sol que brilha, apontando-nos rumos nestes pélagos vorazes de um oceano tumultuado, como os nautas d’outrora, ante a estrela polar, encontravam o roteiro para as suas viagens de descobrimentos audaciosos e o Evangelho chega-nos, como a carta-roteiro para nos direcionarmos no tumulto e na confusão, a fim de encontrarmos o tesouro da paz.
Não vos desespereis, entregando-vos ao pessimismo ou à amargura, à doença dos sentimentos ou à indiferença com os destinos humanos.
Reencarnastes comprometidos com o Cristo vivo, no momento áspero da grande transição, para promover-lhes o bem, sem esperardes que sejam favoráveis às circunstâncias.
Herói que encontra pronto o campo e vencida a batalha não é digno das comendas, condecorações e da plenitude que lhe são reservadas. É necessária a luta tirânica, titânica, forte que prepara os lídimos doadores do bem.
Fossem diferentes as circunstâncias e ditosa a sociedade, qual seria a finalidade do Consolador?
Diversa fosse a paisagem da geopolítica humana, adiantaria, por acaso, que a Voz da Verdade viesse conclamar as consciências a assumir o papel que lhes está destinado?
E certo que se mede o valor do combatente pela força da refrega, e é na batalha que se consagram os mártires, os estoicos, os idealistas.
A Doutrina Espírita para nós é o campo fértil da nossa reabilitação dinâmica, no qual entesouraremos as moedas de luz, para atirá-las na direção do futuro, que veremos com olhos espirituais.
Abençoados pela paz, o que desfrutaremos em novas indumentárias carnais, sem o peso confrangedor dos delitos, dos desequilíbrios, das aflições? O vosso trabalho é de ensementar a palavra aluminífera no soluçar das vítimas.
Não viestes à Terra para colher, exceto os cardos deixados pelo caminho, recolhendo as agruras que a insensatez foi colocando pela estrada.
Conscientizai-vos de que o insucesso aparente é patamar de glória futura e a dificuldade do momento é o desafio para o amanhã.
Não vos faltarão, como não vos tem faltado, o apoio do Senhor, a misericórdia da paz e os recursos indispensáveis a uma jornada assinalada pela dignidade, pelo valor, pelas alegrias possíveis que refazem do cansaço para novos empreendimentos.
Não agasalheis sombras na alma, nem a rebelião dos atormentados do caminho, para que vos não torneis um deles.
Sede a voz da brandura, o ritmo do bem, o compasso do equilíbrio.
Torne-se vos a vossa a voz da esperança no meio do desconforto moral. Num barco que soçobra, alguém em equilíbrio torna-se a salvação do grupo desesperado. E se este alguém incorpora ao clamor dos aflitos, nenhuma vida ou embarcação se salvam.
Filhos da alma, amados companheiros. Não vos trazemos teorias inaplicáveis nesta hora, somos viandantes do mesmo caminho. Viajantes da mesma experiência. Não nos são estranhas as circunstâncias terrestres, que mudaram de tempo. Atualizaram métodos, mas não atuaram intrinsecamente nas causas.
Conhecemos o vale das experiências humanas, por onde transitamos ontem no corpo, e por onde deambulamos hoje com espírito imortal.
Temos a tarefa de vos alentar neste momento difícil e permitir que o vosso trabalho de luz vos clareie interiormente. E o bem, de que sois portadores, faça-vos bem.
E certo que muitas pressões vos constrangem o coração e maceram os sentimentos.
Que esperáveis? Estamos em um pioneirismo.
O Reino de Deus ainda não se estabeleceu e Jesus permanece o grande ignorado.
A sua Doutrina renascida na Revelação Espírita continua combatida para não ficar combalida. Ela se reestrutura nas vossas fracas forças.
Perseverai, pois, distendendo o bem.
Não seja a vossa a voz que aplaude o crime. Tampouco seja a vossa, a palavra estertorada que espalha petardos de violência.
Brandura, meus filhos, onde houver agressividade; paciência onde houver desesperação; coragem onde a fé parecer bater em retirada. Jesus conta conosco e formamos um grupo homogêneo, no qual à semelhança de uma roda, mudamos de postura.
Vós estais no corpo e nós outros fora dele, e amanhã estaremos ai e vós outros estareis conduzindo-nos.
Demo-nos, pois, as mãos, formando o elo forte da fraternidade salvadora, libertadora, sem a presunção de salvar os outros, mas com a intenção de nos salvarmos a nós mesmos, para que o nosso exemplo alente os que não estão com forças de levantar-se da luta.
A resistência de uma construção está na sua pedra mais frágil, quanto a força de uma corrente no seu elo menos resistente.
Unidos, esperançados, lograremos a nossa meta, que é implantar na Terra o Reino da Luz.
Assim, prossigais, neste valor de intimorato, prossegui, com firmeza, olhando para cima sem perder o contato com o chão, até o momento em que as asas da plenitude vos além à montanha da sublimação.
Nunca vos sintais a sós porque jamais estareis.
Prometo-vos, estar ao vosso lado até o fim, como Jesus tem feito conosco até aqui.
Desejava vos dirigir estas palavras, neste momento muito grave, para que o pessimismo que grassa, a revolta que se avoluma, o desencanto que cresce, não tome conta das vossas vidas.
Sois o prolongamento da Luz. Brilhai!
Nenhuma treva pode sobrepor-se à claridade diamantina da verdade.
Permanecei, portanto, espalhando essa luz e tornando-vos portadores dela, sem reclamação, porque vós pedistes a honra, a glória de servir, para mediante o serviço, serdes felizes.
Levai aos nossos amigos, nossos irmãos de luta, o bom humor e a coragem, a esperança e a fé, na certeza inquebrantável de que somos os heróis da sepultura vazia.
E nada nos deterá.
Ânimo, meus filhos, que o bem nos torne fortes, a caridade os torne livres e a verdade nos faça feliz.
São os votos que vos formula, o servidor humílimo e paternal de sempre.
Bezerra.
Que Deus vos abençoe.

Mensagem psicofônica com transfiguração, através do Médium Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Dr. Bezerra de Menezes em Valinhos – Chácara Rocinha – São Paulo, em 16 de Fevereiro de 1992.

COMO CUIDAR DO SEMELHANTE

Ary Brasil Marques
Uma das etapas mais difíceis do ser humano é aquela que aparece geralmente nos últimos anos de vida da pessoa.
No ocaso de nossa existência terrena, dois são os casos que trazem mais dor e preocupações. Quando a doença chega e alcança um dos cônjuges no caso de um casal idoso, duas situações diferentes acontecem. O doente fica carente de tudo, precisa de auxílio até para se locomover, se alimentar ou tomar banho. O outro assume o papel de enfermeiro, atendente, motorista, cozinheiro, fisioterapeuta, assistente social, nutricionista, etc., passando a dar todo o seu tempo ao parceiro.
Além do desgaste físico decorrente do cansaço desse atendimento, o cônjuge tem o desgaste emocional em razão de sua preocupação com a saúde da pessoa amada, trazendo geralmente problemas enormes que muitas vezes acabam levando o mesmo à depressão. Quando isso acontece, o problema se agrava e ao invés de um doente, dois são os que precisam de cuidado, e toda a família acaba envolvida seriamente.
Acredito que precisamos nos preparar para enfrentar com galhardia a todos os problemas de nossa vida. Não viemos na Terra para veranear, e sabemos que nossa presença no plano físico é um aprendizado na longa jornada do espírito imortal rumo ao seu futuro glorioso. Estamos sujeitos a altos e baixos em nossa jornada, e Deus, nosso Pai de amor e de bondade, certamente não abandona nenhum de seus filhos.
Para passarmos por essas duas situações difíceis, temos que buscar forças na fé e na certeza de que tudo, por mais penoso que se nos apresenta, um dia passará.  Todos nós fomos criados simples e ignorantes, mas o destino de todos é alcançar um dia a plenitude, a perfeição, a alegria plena.
Milhões de criaturas na Terra passam por problemas piores do que aquele que estamos enfrentando, pois a fome, a miséria mais pungente, a guerra e outros males atingem irmãos nossos em toda a parte.  Há pessoas que não têm família, nem lar, nem esperanças.
Temos que nos encher de fé e de coragem. Não podemos deixar que o desespero, o medo, a tristeza e o cansaço nos abatam. Recorramos ao poder da prece. Por mais triste que seja o caso, sempre teremos ao nosso lado a presença amiga de espíritos do bem, que nos darão forças e amparo.
Ao paciente, que tem que receber cuidados de outro, a certeza de que isso vai passar. Como espírito imortal que é, nada poderá lhe abater. A doença, assim como a própria morte do corpo físico, não é definitiva. E um dia ele surgirá, luminoso e são, no cenário da vida.
Ao que cuida, a certeza de que essa maravilhosa oportunidade que está tendo lhe proporciona um crescimento. Assim como diz a prece de Francisco de Assis, é dando que se recebe.
Procure servir com amor, com dedicação, sem queixas, sem reclamações. Todas as horas sem dormir, todo o sofrimento, todo o cansaço, passará. Confie em Deus, confie na ajuda dos bons espíritos, confie em você mesmo.
Tudo aquilo que fizermos com amor ao nosso semelhante, voltará em forma de bênçãos no amanhã.

SBC, 02/10/2007.

CLONES

Ary Brasil Marques
Todos nós ficamos impressionados pelas notícias veiculadas pela mídia sobre as maravilhosas conquistas da ciência.
Existe, porém, uma grande confusão com relação a esse assunto. É que geralmente conferimos imensa autoridade às teorias científicas levantadas por um ou por outro cientista, dando um crédito total a elas.
Ciência é uma coisa dinâmica, que muda a cada nova descoberta após a sua comprovação, e está a cada dia recebendo informações de novos fatos, de novas pesquisas e de novas experiências. Os próprios cientistas discordam entre si uns dos outros, e uma teoria científica só recebe o aval de todos e o consenso depois de anos de discussões e de estudo.
Essas considerações vêm à tona em razão da clonagem da ovelha Dolly, reacendendo a discussão sobre a possibilidade da clonagem do ser humano, assunto antigo e objeto de muita polêmica na década de 60.
Muita gente que se mostra resistente quando se trata de acreditar nas coisas espirituais, combatendo a fé cega e irracional, demonstra uma credulidade infantil ao colocar sua crença incondicional nas mãos de cientistas dos quais apenas sabem da existência por notícias de jornal. E proclamam alto e bom som: “A ciência demonstrou ser possível criar um ser humano igual ao outro. A ciência desmente a religião. A ciência tudo pode. O homem é o senhor do Universo!”
A verdade é que o homem é centelha divina, partícula de luz, filho dileto do Criador de todas as coisas, e utiliza a inteligência que lhe foi dada para buscar o progresso, a ciência do saber, a tecnologia avançada. Daí a assumir a posição de criador, brincando de Deus, vai uma longa distância.
Acreditamos que será possível, em futuro remoto, a clonagem do homem. Não será a duplicação de um mesmo indivíduo, com as mesmas ideias, o mesmo cabedal de conhecimentos e as mesmas tendências, porque a ciência não considera ainda o elemento essencial do ser, que é o espírito. É provável que os novos corpos clonados, idênticos em sua natureza material, venham a receber novos espíritos em um processo de reencarnação diferente do que hoje é usado através do sexo, assim como já se utiliza o processo de inseminação artificial.
No livro “Mecanismos da Mediunidade”, André Luiz nos diz que por um processo mental, que ele chama de telementação e reflexão, os espíritos superiores planejam todas as coisas, desde o acasalamento dos insetos até aos complexos mecanismos de reencarnação dos espíritos em diferentes mundos. O processo não é necessariamente igual para todos os mundos, e ele varia de acordo com a evolução de cada um deles.
O processo de clonagem na Terra está apenas se iniciando. Teoricamente, ele é possível. Não podemos nos esquecer, no entanto, da enorme responsabilidade dos cientistas que promovem tais experiências, e eles só terão êxito quando reunirem os conhecimentos materiais e os conhecimentos espirituais, não imaginando que sejam capazes de criar um ser humano clonado apenas com os elementos da genética. Vale lembrar Mary Shelley, com a sua criação Frankenstein, onde o monstro criado voltou-se contra o próprio criador.
Espíritos imortais que somos, utilizamos em nossa caminhada os recursos adquiridos pela tecnologia e pela ciência que buscamos com a inteligência que Deus nos concedeu, mas jamais poderemos alcançar a condição de novos deuses criadores, pois os corpos físicos dos seres humanos são apenas veículos de utilização dos espíritos em sua passagem pela Terra.
Acreditamos que com o progresso científico, um dia será possível utilizar-se das conquistas nesse campo para uma nova maneira de se conseguir a vinda de espíritos em processo de reencarnação, alcançando-se então a sublimação do sexo, como possivelmente ocorre nos mundos mais adiantados que já superaram a fase de expiação e de provas.
O dia em que a ciência alcançar isso, e não apenas trazer como verdades comprovadas simples teorias científicas, o Espiritismo por certo acompanhará o progresso alcançado, pois a doutrina codificada por Kardec é igualmente uma doutrina dinâmica e progressista, em busca da verdade. Como a verdade nos é dada a conhecer em partes, ainda estamos longe de termos a verdade total. A ela chegaremos, sem dúvida, pois estamos todos em evolução a caminho da perfeição.

 SBC, 08/04/1998.

CÍRCULO DA EXCELÊNCIA

Ary Brasil Marques
Hoje venho trazer a vocês uma sugestão de uma prática que vem sendo usada para melhorar a condição de vida de cada um de nós.
Vamos nos postar mentalmente de pé. Fixemos a nossa mente no espaço existente em nossa frente. Agora vamos criar mentalmente um círculo no chão. Imaginemos uma cor para esse círculo.
O próximo passo é nos lembrar de momentos agradáveis acontecidos em nossa vida. Sintamos o prazer do episódio que estamos nos lembrando, como se ele estivesse acontecendo neste momento. Olhemos para o círculo colorido que construímos e procuremos guardar aquele momento feliz dentro do círculo.
Busquemos outro momento feliz de nossa vida. Pode ser uma formatura, uma festa de noivado, um prêmio que tenhamos recebido, o casamento, o nascimento de um filho.
Depois de curtir por momentos a lembrança querida, façamos a mesma coisa. Vamos guardar aquela lembrança em nosso círculo.
Nosso círculo se chama Círculo da Excelência. Ele deve ser um arquivo querido de tudo de bom que aconteceu em nossa vida.
Vamos buscar em nossa mente um elogio, uma alegria, uma conquista, as vitórias do Brasil nas copas do mundo de futebol, uma promoção em nossa carreira profissional, o dia de nosso primeiro beijo, uma viagem cheia de alegrias, nossa ida ao exterior, enfim, todos os acontecimentos que nos proporcionaram felicidade. Revivamos cada um desses momentos e os coloquemos mentalmente em nosso Círculo da Excelência.
Agora fixemos o nosso círculo colorido. Ele deve estar cheio de emoções de grande felicidade. Sua cor, que escolhemos dentre as cores que mais gostamos, está bem viva. Vamos então dar um passo em frente e entrar em nosso Círculo da Excelência.
Pronto! Estamos totalmente envolvidos por tudo o que é bom acontecido em nossa vida. Estamos repletos de felicidade e de alegria.
Agora vamos elevar o nosso pensamento a Deus e agradecer. Agradecer pelo dom da vida, por tudo o que temos e por tudo o que somos. Agradecer pelos maravilhosos momentos de felicidade que nos foram concedidos, pedindo a Ele que nos dê, sempre, momentos como esse.
Acredito que essa prática nos trará benefícios iguais aos obtidos pelas criaturas em seus momentos de meditação.
Sucesso a todos.

SBC, 01/11/2007.

CARMA COLETIVO

Ary Brasil Marques
O retorno da Lei de Causa e Efeito se dá individualmente e também de modo coletivo, atingindo governos, povos e raças diferentes.
Nosso Brasil ainda sente, nos dias de hoje, o efeito das ações de imensa crueldade ocorridos durante a época da escravatura. Os gemidos de dor e de desespero de nossos irmãos nos cubículos infectos dos navios negreiros e debaixo do jugo de chicotes nas senzalas, ainda soam em nossos ouvidos. Para cada ação há uma reação em sentido contrário de igual intensidade. A lei é justa e tem a finalidade de levar o ser humano ao caminho do bem e do amor.
O Império Romano foi totalmente destruído após a invasão de povos bárbaros, em consequência de seus atos de devassidão e como efeito de torturas impostas a outros povos.
A violência que acompanhou a destruição dos povos incas e astecas certamente trouxe aos seus responsáveis a volta da lei.
O holocausto imposto a milhares de judeus foi certamente o efeito de atos passados.
A Alemanha ainda hoje se recupera dos efeitos negativos dos acontecimentos da era nazista e das crueldades de Hitler e seus comandados.
Muita gente sofreu e tentou explicar os terríveis acontecimentos de 11 de setembro. A Lei de Ação e Reação explica a origem desse sofrimento, ao nos lembrar das bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Somos os responsáveis por nosso futuro, e essa responsabilidade se estende aos atos de nossos governantes, pois eles são os nossos representantes eleitos por nós mesmos. Essa realidade faz com que pensemos com mais atenção e carinho a próxima vez que formos votar.
Geralmente os governos representam a maneira de pensar da maioria da população. Os governantes são pessoas tiradas de um grupo de pessoas. Quando o grupo é composto de pessoas corruptas, certamente os representantes desse grupo serão igualmente corruptos.
Assim, da mesma forma que devemos cuidar como pessoas de ter um procedimento correto e digno, a mesma coisa vale coletivamente.
Não nos esqueçamos de que tudo o que plantarmos hoje, com toda a certeza colheremos amanhã.

SBC, 23/10/2007.