Meu irmão, guarda a certeza
De que a mundana ciência
É muito, mas não é tudo
Na paz de nossa existência.
Mormente se já tiveste
A nossa expressão de amor,
Coloca a fé sobre tudo
Na tua vida interior.
Tua razão inda é humana,
Falível e pequenina…
A fé, porém, é um clarão
Da Consciência Divina.
Muita pompa de palavras,
Muita terminologia,
Complicam muito no mundo
A nossa filosofia.
O grande cientificismo
De alma pobre e presunçosa
Transforma os nossos princípios
Em confusão palavrosa.
A lição do Espiritismo
É um grande manancial,
Onde as águas da Verdade
São claras como o cristal.
Tudo é simples, tudo é puro
Nessa fonte de harmonia.
Muita tese complicada
É o que gera a fantasia.
O método mais sublime
De toda doutrinação
É aquele que acende a luz
Do altar de teu coração.
Ciência nunca faltou
Na marcha da Humanidade,
Mas, sempre minguou na Terra
O grande bem da humildade.
Modernamente, a ciência
Tem seu magro esplendor.
Tem-se tudo e o mundo marcha
Para a guerra e para a dor.
Por vezes, no mar das lutas,
A razão vai na maré
Se em seu roteiro de estudos
Não tem o farol da fé.
Não se deve desprezar
Os bens do racionalismo,
Mas, nunca olvides a fé
No labor do Espiritismo.
Com teus pesos e medidas
Tu podes hoje ser forte,
Somente a fé, todavia,
Nos esclarece na morte.
Não te esqueças, meu amigo
Nossa comunicação
Constitui a renascença
Do pensamento cristão.
Do livro “CARTAS DO EVANGELHO” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier