Ary Brasil Marques
O retorno da Lei de Causa e Efeito se dá individualmente e também de modo coletivo, atingindo governos, povos e raças diferentes.
Nosso Brasil ainda sente, nos dias de hoje, o efeito das ações de imensa crueldade ocorridos durante a época da escravatura. Os gemidos de dor e de desespero de nossos irmãos nos cubículos infectos dos navios negreiros e debaixo do jugo de chicotes nas senzalas, ainda soam em nossos ouvidos. Para cada ação há uma reação em sentido contrário de igual intensidade. A lei é justa e tem a finalidade de levar o ser humano ao caminho do bem e do amor.
O Império Romano foi totalmente destruído após a invasão de povos bárbaros, em consequência de seus atos de devassidão e como efeito de torturas impostas a outros povos.
A violência que acompanhou a destruição dos povos incas e astecas certamente trouxe aos seus responsáveis a volta da lei.
O holocausto imposto a milhares de judeus foi certamente o efeito de atos passados.
A Alemanha ainda hoje se recupera dos efeitos negativos dos acontecimentos da era nazista e das crueldades de Hitler e seus comandados.
Muita gente sofreu e tentou explicar os terríveis acontecimentos de 11 de setembro. A Lei de Ação e Reação explica a origem desse sofrimento, ao nos lembrar das bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Somos os responsáveis por nosso futuro, e essa responsabilidade se estende aos atos de nossos governantes, pois eles são os nossos representantes eleitos por nós mesmos. Essa realidade faz com que pensemos com mais atenção e carinho a próxima vez que formos votar.
Geralmente os governos representam a maneira de pensar da maioria da população. Os governantes são pessoas tiradas de um grupo de pessoas. Quando o grupo é composto de pessoas corruptas, certamente os representantes desse grupo serão igualmente corruptos.
Assim, da mesma forma que devemos cuidar como pessoas de ter um procedimento correto e digno, a mesma coisa vale coletivamente.
Não nos esqueçamos de que tudo o que plantarmos hoje, com toda a certeza colheremos amanhã.
SBC, 23/10/2007.