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ANJO DA GUARDA

Anjos de Guarda.

Quem cuida de seu filho quando ele não está sob seus olhos? 

Você diz que, na escola, os professores são os responsáveis; que em seu lar, você tem uma babá igualmente responsável. 

Enfim, você sempre acredita que alguém, quando você não estiver por perto, estará de olho nele. 

Parentes, amigos, contratados à parte, há, também, uma proteção invisível que zela por seu filho. 

Você pode dizer que é seu anjo de guarda, seu anjo bom. A denominação, em verdade, não importa. 

O que realmente se faz de importância é esta certeza de que um ser invisível debruça sua atenção sobre seu filho, onde quer que ele esteja. 

E também sobre você. Não se trata de uma teoria para consolar as mães que ficam distantes de seus filhos longas horas. 

Ou para quem caminha só nas estradas do Mundo. Refere-se a uma verdade que o homem desde muito tempo percebeu. 

Basta que nos recordemos de gravuras antigas que mostram crianças atravessando uma ponte em mau estado, sob o olhar atento de um mensageiro celeste. 

Ou que evoquemos o livro bíblico de Tobias, onde um anjo acompanha o jovem em seu longo itinerário, devolvendo-o ao pai zeloso, são e salvo. 

É doce e encantador saber que cada um de nós tem seu anjo de guarda. Um ser que lhe é superior, que o ampara e aconselha. 

É ele que nos sussurra aos ouvidos: “Detenha o passo! Acalme-se! Espere para agir!” 

Ou nos incentiva: “Vá em frente! Esforce-se! Estou com você!” 

É esse ser que nos ajuda na ascensão da montanha do bem. Um amigo sincero e dedicado, que permanece ao nosso lado por ordem de Deus. 

Foi Deus quem aí o colocou. E ele permanece por amor de Deus, desempenhando o que lhe constitui bela, mas também penosa missão. 

Isso porque em muitas ocasiões, ele nos aconselha, sugere e fazemos ouvidos surdos. Ele se entristece, nesses momentos, por saber que logo mais sofreremos pela nossa rebeldia. 

Mas não afronta nosso livre-arbítrio. Permanece à distância, para agir adiante, outra vez, em nova tentativa. 

Sua ação é sempre regulada, porque, se fôssemos simplesmente teleguiados por ele, não seríamos responsáveis pelos nossos atos. 

Também não progrediríamos, se não tivéssemos que pensar, reflexionar e tomar decisões. 

O fato de não o vermos também tem um fim providencial. Não vendo quem o ampara, o homem se confia a suas próprias forças. 

E batalha. Executa. Combate para alcançar os objetivos que pretende. 

Não importa onde estejamos: no cárcere, no hospital, nos lugares de viciação, na solidão, ele sempre estará presente. 

Esse anjo silencioso e amigo nos acompanha desde o nascimento até a morte. E, muitas vezes, na vida espiritual. 

E mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas da vida do Espírito. 

Pense nisso! 

Você pode ter se transviado no Mundo. Quem sabe, perdido o rumo dos próprios passos. 

Pense, no entanto, que um missionário do bem e da verdade, que é responsável por você, pela sua guarda, permanece vigilante.

Se você quiser, abra os ouvidos da alma e escute-o, retomando as trilhas luminosas. 

Ninguém, nunca, está totalmente perdido neste imenso universo de almas e de homens. 

Pense nisso!

Redação do Momento Espírita, com base nos itens 492, 495 e 501 de O livro dos espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.



OS BONS ESPÍRITAS

Os Bons Espíritas (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 17). Allan Kardec

4. Bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, o Espiritismo leva aos resultados acima expostos, que caracterizam o verdadeiro espírita, como o cristão verdadeiro, pois que um o mesmo é que outro. O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam. 

Muitos, entretanto, dos que acreditam nos fatos das manifestações não lhes apreendem as conseqüências, nem o alcance moral, ou, se os apreendem, não os aplicam a si mesmos. A que atribuir isso? A alguma falta de clareza da Doutrina? Não, pois que ela não contém alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza e da sua essência mesma é donde lhe vem toda a força, porque a faz ir direto à inteligência. Nada tem de misteriosa e seus iniciados não se acham de posse de qualquer segredo, oculto ao vulgo. 

Será então necessária, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, tanto que há homens de notória capacidade que não a compreendem, ao passo que inteligências vulgares, moços mesmo, apenas saídos da adolescência, lhes apreendem, com admirável precisão, os mais delicados matizes. Provém isso de que a parte por assim dizer material da ciência somente requer olhos que observem, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau de instrução, porque é peculiar ao desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encamado. 

Nalguns, ainda muito tenazes são os laços da matéria para permitirem que o Espírito se desprenda das coisas da Terra; a névoa que os envolve tira-lhes a visão do infinito, donde resulta não romperem facilmente com os seus pendores nem com seus hábitos, não percebendo haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que são dotados. Têm a crença nos Espíritos como um simples fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as tendências instintivas. Numa palavra: não divisam mais do que um raio de luz, insuficiente a guiá-los e a lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes sobrepujar as inclinações. Atêm-se mais aos fenômenos do que a moral, que se lhes afigura banal e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente os iniciem em novos mistérios, sem procurar saber se já se tornaram dignos de penetrar os arcanos do Criador. Esses são os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que lhes compartilham das fraquezas ou das prevenções. Contudo, a aceitação do princípio da doutrina é um primeiro passo que lhes tornará mais fácil o segundo, noutra existência. 

Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé. Um é qual músico que alguns acordes bastam para comover, ao passo que outro apenas ouve sons. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. Enquanto um se contenta com o seu horizonte limitado, outro, que apreende alguma coisa de melhor, se esforça por desligar-se dele e sempre o consegue, se tem firme a vontade.

“Os espíritos protetores nos ajudam com os seus conselhos, através da voz da consciência, que fazem falar em nosso íntimo – mas como nem sempre lhes damos a necessária importância, oferecem-nos outros mais diretos, servindo-se das pessoas que nos cercam.”

                                                                                                                                             Allan Kardec


“Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre.”

Joanna de Ângelis (espírito) / psicografia de Divaldo Franco



A FELICIDADE

“A felicidade pode ser comparada a um bumerangue, quando de retorno a quem o atirou em direção benéfica. Faz-se indispensável propiciá-la aos outros, a fim de que os seus efeitos saudáveis harmonizem aqueles que a espalharam. (…) A felicidade recomenda gerar trabalho, repartir esperança, distribuir alegria, promover a educação, ajudar sempre, porque, assim fazendo, a paz e o bem-estar prevalecerão sobre as demais realidades naquele que a movimente com a participação de todos”.


Joanna de Ângelis (espírito) / psicografia de Divaldo Franco






A EVOLUÇÃO

Que nenhuma agressão exterior te perturbe, levando-te à irritação, ao desequilíbrio.
Mantém-te sereno em todas as realizações. A tua paz é moeda arduamente conquistada, que não deves atirar fora por motivos irrelevantes.
Os tesouros reais, de alto valor, são aqueles de ordem íntima, que ninguém toma, jamais se perdem e sempre seguem com a pessoa.
Tua serenidade, tua gema preciosa.
Diante de quem te enganou, traindo a tua confiança o teu ideal, ou envolvendo-te em malquerença mantém-te sereno. O enganador é quem deve estar inquieto e não a sua vítima.
Nunca te permitas demonstrar que foste atingido pelo petardo da maldade alheia. No teu círculo familiar ou social sempre defrontarás com pessoas perturbadas, confusas e agressivas.
Não te desgastes com elas, competindo nas faixas de desequilíbrio em que se fixam. Constituem teste à tua paciência e serenidade.
Assim, exercita-te com essas situações para, mais seguro, enfrentares os grandes testemunhos e provações do processo evolutivo. Sempre, porém, com serenidade.
Autor: Joanna de Ângelis (espírito)

Psicografia de Divaldo Franco




A DOR

A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.

Sede paciente. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.

A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.

Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo.

Um Espírito amigo.

(Havre, 1862.)

A CONFERÊNCIA

Convidado a fazer uma preleção sobre a crítica, o conferencista compareceu ante o auditório superlotado, sobraçando pequeno fardo. Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra d’água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca. Em silencio acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho em com várias dúzias de flores colhidas de corbélias próximas. Logo após, apanhou da sacola diversos biscuits de inexprimível beleza representando motivos edificantes, e enfileirou-os com graça. Em seguida, situou na mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada. Depois, com o assombro de todos, colocou pequenina lagartixa num frasco de vidro. Só então comandou a palavra, perguntando: “que vedes aqui, meus irmãos”? – e a assembleia respondeu em vozes discordantes: “um bicho”, “um lagarto horrível”, “uma larva”, “um pequeno monstro”. Esgotados breves momentos de expectação, o pregador considerou: “assim é o espirito da crítica destrutiva, meus amigos. Não enxergastes o forro de seda lirial, nem as flores, nem as pérolas, nem as preciosidades, nem o Novo Testamento, nem a luz faiscante que acendi; vistes apenas a diminuta lagartixa”. E concluiu sorridente: “nada mais tenho a dizer”.

Mensagem retirada do livro “Bem aventurados os simples” –   de Waldo Vieira, pelo espírito Valério. Uma publicação da editora FEB (Federação Espírita Brasileira).




A CHICO XAVIER, O NOSSO MUITO OBRIGADO!

Francisco Cândido Xavier (02 de ABRIL de 1910 – 30 de junho de 2002)

O APÓSTOLO CHICO XAVIER

Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas.

Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade, Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.

Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação.

Adversários do ontem que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.

Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.

Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.

Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.

Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos.

Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seu líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comportamento, transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.

Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem.

Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.

Abandonado por uns e por outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas.

As enfermidades minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.

A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.

Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.

Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam à sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.

Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de renúncia na mediunidade luminosa.

Por isso mesmo, o seu foi mediunato incomparável.

…E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe:

– Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.

Joanna de Ângelis (espírito)

Psicografia de Divaldo Franco.

O Espiritismo

A CASA ESPÍRITA AVANÇA PARA A CONDIÇÃO DE EDUCANDÁRIO

“A Casa Espírita avança para a condição de Educandário, fornecendo os contributos para o estudo e a análise das criaturas, libertando-as das crendices e superstições, ao tempo em que lhes oferece os recursos para a ação com liberdade sem medos, com responsabilidade sem retentivas, perfeitamente lúcidas a respeito do destino que lhes está reservado, ele próprio resultado da suas opções e atitudes. Uma sociedade que se conduza fiel a esses conceitos e determinações torna-se justa, equânime e os membros que a constituam serão, sem dúvida, felizes”.
Manoel Philomeno de Miranda (espírito)
Psicografia de Divaldo Franco.

Livro: Trilhas da Libertação




“Cada ser respira no clima psíquico que lhe apraz”.
Manoel Philomeno de Miranda (espírito)
Psicografia de Divaldo Franco.

Livro: Trilhas da Libertação




A ALLAN KARDEC, O NOSSO MUITO OBRIGADO!



Allan Kardec (03 de outubro de 1804 – 31 de MARÇO de 1869)

HOMENAGEM A KARDEC

“Trouxeste, Allan Kardec, à longa noite humana,
O Cristo em nova luz – revivescida aurora! –
E onde estejas serás, eternidade afora,
A verdade sublime, em que o mundo se irmana.
Em teu verbo solar, a justiça se ufana
De aclarar, consolando, o coração que chora,
A fé brilha, o bem salva, a estrada se aprimora
E a vida, além da morte, esplende soberana!…
Escuta a gratidão da Terra… Em toda parte,
A alma do povo freme e canta ao relembrar-te
A presença estelar e a serena vitória.
Gênio, serviste! Herói, exterminaste as trevas!…
Recebe com Jesus, na glória a que te elevas,
Nosso preito de amor nos tributos da História.”

Amaral Ornellas (espírito), psicografia de Francisco Cândido Xavier

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KARDEC, OBRIGADO!

Kardec, enquanto recebes as homenagens do mundo, pedimos vênia para associar nosso preito singelo de amor aos cânticos de reconhecimento que te exaltam a obra gigantesca nos domínios da libertação espiritual.

Não nos referimos aqui ao professor emérito que foste, mas ao discípulo de JESUS que possibilitou o levantamento das bases do Espiritismo Cristão, cuja estrutura desafia a passagem do tempo.

Falem outros dos títulos de cultura que te exornavam a personalidade, do prestígio que desfrutavas na esfera da inteligência, do brilho de tua presença nos fastos sociais, da glória que te ilustrava o nome, de vez que todas as referências à tua dignidade pessoal nunca dirão integralmente o exato valor de teus créditos humanos.

Reportar-nos-emos ao amigo fiel do Cristo e da Humanidade, em agradecimento pela coragem e abnegação com que te esqueceste para entregar ao mundo a mensagem da Espiritualidade Superior. E, rememorando o clima de inquietações e dificuldades, em que, a fim de reacender a luz do Evangelho, superaste injúria e sarcasmo, perseguição e calúnia, desejamos expressar-te o carinho e a gratidão de quantos edificaste para a fé na imortalidade e na sabedoria da vida.

O Senhor te engrandeça por todos aqueles que emancipaste das trevas e te faça bendito pelos que se renovaram perante o destino à força de teu verbo e de teu exemplo!…

Diante de ti, enfileiram-se, agradecidos e reverentes, os que arrebataste à loucura e ao suicídio com o facho da esperança; os que arrancaste ao labirinto da obsessão com o esclarecimento salvador; os pais desditosos que se viram atormentados por filhos insensíveis e delinquentes, e os filhos agoniados que se encontraram na vala da frustração e do abandono pela irresponsabilidade dos pais em desequilíbrio e que foram reajustados por teus ensinamentos, em torno da reencarnação; os que renasceram em dolorosos conflitos da alma e se reconheceram, por isso, esmagados de angústia nas brenhas da provação, e os quais livraste da demência, apontando-lhes as vidas sucessivas; os que se acharam arrasados de pranto, tateando a lousa na procura dos entes queridos que a morte lhes furtou dos braços ansiosos, e aos quais abriste os horizontes da sobrevivência, insuflando-lhes renovação e paz, na contemplação do futuro; os que soergueste do chão pantanoso do tédio e do desalento, conferindo -lhes, de novo, o anseio de trabalhar e a alegria de viver; os que aprenderam contigo o perdão das ofensas e abençoaram, em prece, aqueles mesmos companheiros da Humanidade que lhes apunhalaram o espírito, a golpes de insulto e de ingratidão; os que te ouviram a palavra fraterna e aceitaram com humildade a injúria e a dor por instrumentos de redenção; e os que desencarnaram incompreendidos ou acusados sem crime, abraçando-te as páginas consoladoras que molharam com as próprias lágrimas…

Todos nós, os que levantaste do pó da inutilidade ou do fel do desencanto para as bênçãos da vida, estamos também diante de ti!… E, identificando-nos na condição dos teus mais apagados admiradores e como os últimos dos teus mais pobres amigos, comovidamente, em tua festa, nós te rogamos permissão para dizer: Kardec, obrigado!…

Muito obrigado!…

Irmão X (espírito), psicografia de Francisco Cândido Xavier

O Espiritismo

BEM AVENTURADOS OS AFLITOS

5Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; 6 bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; 10bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. (Mt 5:5-6,10);
“20 E, levantando ele os olhos para os seus discípulos disse: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. 21Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. 24 Mas ai de vós, ricos! Porque já tendes a vossa consolação. 25 Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Aí de vós os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis!” (Lc 6:20, 21, 24-25).

CONSIDERAÇÕES GERAIS:
·         Vemos que tudo tem dois lados, duas faces;
·         Não basta fazermos uma afirmativa; devemos justificá-la.
INTERPRETAÇÕES:

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;” (Mt 5:5).
“BEM-AVENTURADOS” – Felizes, venturosos, afortunados;
“OS MANSOS” – Brando, pacífico, sereno. Só podem ser mansos os que são menos egoístas, que pensam menos em si mesmos. Os contentes com o que possuem. Os não ambiciosos. Não havendo luta externa de caráter de conquista, haverá paz intima. Não queremos nos referir à ausência de desejo, de esforço de progredir.
“PORQUE ELES HERDARÃO A TERRA – Futuro, quer dizer em consequência. Herdar é receber por herança. E é isso que realmente tem acontecido. Desfrutamos, por misericórdia, inclusive da bênção de viver neste mundo. TERRA dá a entender a parte materializada do mundo. Observamos que uma pessoa, quanto menos quer mais desfruta. Quando há altruísmo, desprendimento, mais pessoas confiam na gente, dando-nos ensejo a usufruir dos seus bens, sem resistências, sem desconfianças. Só com serenidade podemos pensar e resolver bem e, assim, dominar as situações.
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” (Mt 5:6).
“BEM-AVENTURADOS” – Já citado;
“OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA – Certamente nem todos já se preocupam com a justiça. Isso revela certa evolução.
“JUSTIÇA” – Conforme o direito: virtude de dar a cada um o que é seu. Bem-aventurados, portanto, porque já se encontram num estagio evolutivo mais adiantado. Usando os termos FOME e SEDE lembra o corpo físico e a imperiosidade de alimentar-se e beber para mantê-lo em equilíbrio. Também o nosso espírito precisa suprir-se de coisas justas (FOME) e viver (SEDE) a justiça e também incentivar-se com exemplos apoiados nela. Ora, se temos fome e sede de justiça, é natural sejamos os primeiros a nos esforçar por sermos justos.
“PORQUE ELES SERÃO FARTOS – Futuro, evidenciando a decorrência;
“FARTOS – Satisfeitos, saciados. Quando fazemos justiça e os outros são justos conosco, sentimo-nos como que alimentados espiritualmente falando. Quando há injustiça, experimentamos uma sensação de carência. O “ter fome e sede” implica também em trabalho no sentido de estabelecer a justiça onde nos seja dado influenciar.
“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.” (Mt 5:10).
“BEM-AVENTURADOS” – Já citados;
“OS QUE SOFREM PERSEGUIÇÃO POR CAUSA DA JUSTIÇA” – Num plano onde predomina a injustiça (como a Terra, mundo de provas e expiações), é compreensível a perseguição por causa da justiça. Não há efeito sem causa. Tudo tem uma razão de ser. Antes, egoístas, materialistas, escravos de paixões, demos abrigo e asas à injustiça. Natural que soframos agora. E, felizmente, por causa da JUSTIÇA. É o fato de alguém constatar ser por causa da justiça por si só deveria constituir-se em motivo de júbilo. Por isso é que Jesus fala: “bem-aventurados”.
“PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS” – Aqui não é futuro, mas ato contínuo, ao mesmo tempo. Se uma perseguição é injusta, torna-se evidente que estamos certos, que permanecemos com o justo, que ficamos com o bem. Isso é o bastante para assegurar a presença da luz em nosso intimo; dá tranquilidade em nosso coração. Podem todos estar contra nós; se estamos com a consciência em paz, Deus se encontra a nosso lado.
“E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus.” (Lc 6:20).
DISCÍPULO” – Aluno, aprendiz. Qualidades: atenção, dedicação, obediência consciente, humildade, iniciativa. Jesus, o Mestre por excelência. Se, levantava os olhos, quer dizer que o fazia da terra, do chão para os discípulos. Essa atitude lembra nossos vínculos com o mundo. Se vivermos com acerto na terra, ela como que nos oferece os degraus necessários à nossa evolução.
“DIZIA” – Sempre que Jesus dizia algo, transmitia uma mensagem, dava uma lição. Nada de palavras ociosas, dispensáveis. 
“BEM-AVENTURADOS” – Já citado.
“OS POBRES” – Pelo fato de a pessoa ser carente, necessitada não significa que seja bem-aventurada. POBRE quer dizer que reconhece a própria condição de necessitada. A situação daquele que está consciente de que precisa aprender mais, compreender mais, realizar mais. Que vive um clima de permanente vir a ser mais e melhor, espiritualmente, falando.
PORQUE VOSSO É O REINO DE DEUS” – O reino de Deus não vem com aparência exterior. Está dentro de nós. Ora, se nos consideramos sempre em evolução, em aprendizado, jamais nos decepcionamos com nós mesmos. Sabemos das próprias limitações. Não nos supervalorizamos. Fazendo o que podemos e como podemos, continuamos com a paz no coração, e isto é o reino de Deus.
“Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.” (Lc 6:21).
BEM-AVENTURADOS VÓS – Já citado.
“QUE AGORA” – Nem sempre foi assim. Tal fato representa evolução, e isso já deve ser motivo de contentamento. Enfim, estamos nos despertando para o que é verdadeiramente importante. Do ontem, deve restar a experiência. E nada de conservar lembranças desagradáveis, destrutivas. Nada também de “acalentarmos” o pretérito… O AGORA, o HOJE, assume capital importância. É decisivo. Imperioso ser bem aproveitado em todos os sentidos.
“TENDE FOME” Se olhado ao pé da letra, no sentido literal, teríamos aqueles que já viveram na abastança e se desequilibraram ou não lhe deram o devido valor. Agora, privados, aprendem a lição, para mais tarde voltarem à experiência, com amplas possibilidades de vencer. O mesmo se dá no campo moral, das virtudes. Do que realmente é necessário à criatura, acabamos sentindo falta, até nos condicionarmos para merecê-lo. Assim acontece com a solidariedade, a amizade, a colaboração, a justiça, etc.
“QUE AGORA CHORAIS” – Chorar, lamentando e não lamuriando. Os que hoje deploram as próprias quedas estão se preparando, se fortalecendo para não mais cometê-las.
“PORQUE HAVEIS DE RIR” – Contentamento decorrente das próprias vitorias. Os êxitos, principalmente espirituais, promovem justa satisfação. À tristeza de agora, se não houver revolta, desespero, ausência de fé, sucederá a alegria. Não consideremos isso, porém, só com relação à vida no plano espiritual. A coisa é até para a terra mesmo, já que o espírito é imortal e pode usufruir de tudo desde já.
“Mas ai de vós, ricos! Porque já tendes a vossa consolação.” (Lc 6:24).
“MAS AÍ DE VÓS, RICOS!” – A riqueza em si não é boa nem má. Neutra, se tornará boa ou má de acordo com o uso que fizermos dela. No caso, Jesus parece advertir os ricos materialistas que fazem dos bens, de que são mordomos, são administradores temporários, a razão de sua vida e de suas alegrias. Quem assim procede e tudo coloca na dimensão apenas de uma vida física tão passageira, é, de fato, um pobre coitado, digno de dó.
“PORQUE JÁ TENDES A VOSSA CONSOLAÇÃO” – Percebemos a falta de visão dos que agem assim. Procuram tirar o máximo da vida terrena. Se não sofrem já (na ilusão que vivem), virão a sofrer mais tarde, quando visitados pelo sofrimento ou perceber que se aproximam do fim, vendo-se na contingência de tudo abandonar, pois nada podem levar consigo. Como vemos o sofrimento já se manifesta nesta existência e acompanha o espírito para o plano espiritual, quando se conscientiza de que poderia ter vivido de modo totalmente diferente, sendo mais útil ao próximo e a si mesmo.
“Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Aí de vós os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis!”. (Lc 6:25).
AI DE VÓS” – Antônimo de bem-aventurados;
“VÓS QUE ESTAIS FARTOS, PORQUE TEREIS FOME” – Quem tudo tem agora, e não lhe dá valor, precisa tudo perder, para valorizar. Por nos encontrarmos num mundo de provas e expiações, só apreciamos muita coisa depois que a perdemos. E o problema não é do mundo, porém nosso mesmo, consequência de nossas imperfeições. Muitos somente dão valor à saúde do corpo físico, quando se encontram enfermos. Com o emprego acontece a mesma coisa, quando ficam desempregados.
“AI DE VÓS” – Já citado;
“OS QUE AGORA RIDES” – Rir não é problema. Precisamos, contudo, ver quando como e porque rimos. Se o fazemos em face das dificuldades alheias; por causa das facilidades de uma existência temporal e temporária, é de se esperar que amanhã sejamos convocados à realidade. Que a ilusão nos abandone. Examinemos se é justa a nossa alegria, ou se estamos tapeando os outros e a nos mesmos com falsas demonstrações de contentamento.
“PORQUE VÓS LAMENTAREIS E CHORAREIS.” – Mais cedo ou mais tarde tomaremos conhecimento de tudo. Em face do ocorrido, lamentaremos a nós mesmos, o nosso próprio procedimento.  Tendo livre-arbítrio, é natural que a lei de causa e efeito atue sobre nós. Em consequência dos desatinos, hora de lastimar. E não teremos desculpas para apresentar.
“E CHORAREIS” – E deplorareis. Na lamentação há como que uma autopunição. Chorando, deplorando, já existe como que o desejo de nova experiência, de nova oportunidade, com o sincero propósito de acertar.
Façamos diariamente um exame de consciência, para vermos como temos vivido, para passarmos a viver de modo a não termos do que nos lamentar. 


Mt 5:5-6,10; Lc 6:20-21, 24-25;
João Ferreira de Almeida – RC;
Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo 5, itens 1-2,18