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DIANTE DAS HORAS

O homem pode acumular o ouro para negociá-lo quando julgue oportuno, dispõe de meios, a fim de reter as safras de cereais, na expectativa de preços que lhe satisfaçam as conveniências.

Entretanto, das riquezas que a Divina Providência lhe empresta, uma existe que ele não consegue  armazenar: é o tesouro dos dias.

Toda criatura é obrigada a gastar as próprias horas, trocando-as por algo.

Há quem as troque por trabalho e cultura, serviço ao próximo e dever cumprido, ociosidade e queixume, irritação e rebeldia.

Ao termo de cada existência no Plano Físico, os Administradores das Horas te perguntarão, naturalmente: 

“Que fizeste do tempo que o Senhor te confiou”?

Então, compreenderás, por fim, que o tempo é vida.


Emmanuel
Por Francisco Cândido Xavier
Do livro: “Agora é o Tempo” (Ideal)

TRANSIÇÃO RENOVADORA

Sob o sol da Divina Misericórdia, em inquestionável obediência aos Superiores Desígnios do Criador, imperceptivelmente, acontece um movimento contínuo à revelia da ação do homem, a exemplo do “inato perpétuo”, silenciosamente, sem alardes retumbantes, um natural processo de transformação renovadora, onde tudo e todos nos movemos, demandando outras formas e objetivos como respeitosamente registrou LAVOISIER em suas pesquisas ao estabelecer: “NO UNIVERSO nada se cria, tudo se transforma”, entendendo intuitivamente, que  somente em Deus, reconhecemos o Criador Único, conforme esclarecimentos contidos na Doutrina Espírita quando assevera: “Deus cria incessantemente”.
Analisadas pela lente das transformações, observamos que o casulo que nasceu da lagarta, por sua vez oriunda de outras expressões da vida, enquanto estática na sua aparente imobilidade, encontra-se em silencioso processo de transformação íntima, emigrando de uma para outra forma, a fim de libertar a borboleta, expressão superior dos altanados códigos divinos neste estágio, demonstrando, no caso referido, como o mundo das formas, tal qual o mundo da ideias, encontram-se em incessante e inabordável transição renovadora.
Observa-se o mesmo fato, quando o corpo cadaverizado de um indivíduo, em sua imobilidade aparente, tão logo inicie o processo de rigidez, desencadeia profundas transformações, onde um batalhão de células empreende o processo de desagregação celular, iniciando-se pela desidratação do corpo físico até alcançar a ruptura dos laços perispirituais, para libertação e desligamento do espírito, que renovado em sua estrutura morfológica, demandará novas paisagens, adequando-se à nova dimensão, que se lhe abre adiante, acenando-lhe promessas de renovação porvindoura, rumo à perfeição relativa, pré-requisito, para a plenitude e a felicidade, que lhe são consequências.
De igual forma, a imensidão das paisagens geladas da Antártida, tanto quanto a inóspita solidão dos desertos, encontram-se por sua vez em contínua atividade transformadora. Aquelas, através da variação quase imperceptível da temperatura em sua superfície gelada, provocada por intempéries distantes dali, porém, conduzidas pelas correntes de vento, que transformam significativamente suas paisagens, através dos rompimentos e quedas de geleiras e, posterior viagem pelo oceano, de grandes “icebergs”.
E, com respeito aos desertos, a transformação acontece, pelo fluxo e refluxo de ondas de calor, com temperaturas extremamente elevadas, enquanto o astro rei encontra-se em sua caminhada diária em seu périplo habitual, contrapondo-se aos ventos gelados que sopram uivantes à medida em que Selene desponta no horizonte, languidamente, apresentando os sinais denunciadores de uma amplitude térmica de grandes contrastes, prestes a iniciar-se, entretanto, não impede a proliferação das manifestações da vida ali existentes, patenteando a presença de um planejamento divino, agindo com autônoma soberania, independente da presença do homem naquela região, onde tem seu habitat.
Constatamos também, que no sepulcral silêncio do pântano, de onde a vida parece ter-se evadido, na sua aparente tranquilidade não permite transparecer, a constante ação de micróbios, vírus e bactérias de inimagináveis procedências, que travam incansável batalha em busca da sobrevivência, mesmo com o ônus de continua destruição, significando que até nas formas microscópicas, existe um cosmo plenamente ativo, transitando de um polo a outro em busca da possível renovação, consoante a resposta que os Benfeitores da Humanidade disseram: “…tudo serve e se encadeia em a natureza…” revelando que existe um caminho do átomo ao arcanjo, que precisa ser percorrido para que a transição renovadora aconteça.
Se tudo isso e muito mais, acontece no mundo das formas transitórias, o mesmo acontece no mundo das ideias, onde velhos dogmas são substituídos; conceitos são submetidos a questionamentos; ideias secularmente aceitas são debatidas com ardor; novos paradigmas ganham mais espaço e, os potenciais da mente, durante muito tempo apenas tolerado por um ou outro estamento da ciência, hoje são vasculhados na sua intimidade memorial, demonstrando que se acha em andamento uma grande transição, de dimensões planetárias, em irrestrita obediência aos ditames da Inteligência Suprema, o Criador de todas as coisas.

Rubens Romanelli

A ESCOLA DA VIDA

Costuma-se proclamar, muito frequentemente, que a Dor é a excelente Mestra para os alunos mais renitentes, através dos mais inusitados métodos educacionais, conhecido de muitos que já experimentaram-no na própria pele, com o nome de fracasso, decepção, frustração, perda, exclusão, rejeição, etc., que são em última análise, técnicas de despertamento e conscientização para quantos se achem acomodados e indiferentes na escola da vida.
Sabemos, por conhecimento transmitidos pelos Espíritos Superiores, que a Terra pode ser conceituada também, como um Planeta-Escola, que recebe espíritos de diferentes regiões do mundo espiritual, para recordar velhas lições esquecidas em algum nicho da memória extra cerebral. Repetir algumas que não foram bem assimilada, e são constantes motivos de reprovações contínuas; fixar na mente algumas lições, objetivando graduar-se em posição mais elevada, ou preparar-se para uma longa provação, cujo testemunho exigirá muita disciplina e serenidade para vencer com mérito e louvor, como recompensa pelo esforço despedido.
Entretanto, para que todo este arsenal de técnicas educativas seja levada a efeito, mister se faz, que o espírito imortal, passe pela benção do esquecimento através do impositivo da reencarnação, para que as lembranças e reminiscências, do passado longínquo de outras existências, surjam como minúsculos respingos na existência atual, através das ideias inatas e das afinidades, para que os erros e equívocos do passado distante, não preponderem sobre as disposições e propostas evolutivas, que o espírito quando encarnado deve desenvolver em sua escalada evolutiva de auto aprimoramento moral.
Neste nascer, morrer e renascer mais uma vez, continua, conforme nos ensina o professor Rivail, parece contraditório que seja necessário lembrar para esquecer, através das ideias inatas, das conquistas que já foram alcançadas, como também, seja necessário esquecer, para lembrar, através das afinidades e antipatias terrenas, quais são as imperfeições a vencer, que promovem tantas quedas em razão das tentações nelas contidas, impedindo alcançar um patamar mais alto de evolução e progresso, que já poderia ter acontecido; que se bem observado, demonstra que as prevaricações ocorrem, via de regra, nos mesmos erros.
Portanto, na terra, esta extraordinária escola da vida, todos os acontecimentos que nela se constata, tenha ou não participação direta ou indireta do indivíduo, tudo contribui para que haja um aprendizado neles implícitos, pois, não existe nada ocorrendo ao sabor do acaso, como demonstra o Evangelho Segundo o Espiritismo ao dizer: “não cai uma folha de árvore ou um fio de cabelo” sem a aquiescência divina, o que fica cada vez mais patente pressupor que o planejamento divino preside toda a transição já ocorrida no planeta, como também aquelas que presentemente estão em curso, aqueloutras reservadas ao porvir, que seguramente desconhecemos, e que a leviandade de falsos profetas teimam em disseminar, provocando terror nas mentes incautas e inseguras, disseminando ideias engendradas por mentes enfermas, típico de certos indivíduos que aspiram a posição de guias de plantão, esquecidos que o único guia e modelo, legado por Deus à Humanidade terrena, é Jesus, que há vinte séculos vem desempenhando esse papel, em fiel observância das Leis Divinas, que como Ele revelou: “e sim dar cumprimento”.
Infelizmente, mudamos muito pouco, apesar do tempo transcorrido, esquecidos que o Cristo é grande libertador das consciências, que acham-se encarceradas, como no passado, nos mesmos propósitos de dominação e conquistas, não com o aço das armas, porém, com as melífluas distorções das palavras, usadas e disseminadas de forma torpe e venal.
Não descuremos do propósito que nos trouxe a esta escola da vida, e continuemos estudando o Evangelho de Jesus, segundo a interpretação da Doutrina Espírita.
Jesus é a porta de libertação das crendices, dos temores, da ignorância e da impiedade, enquanto a Doutrina Espírita, em tão oportuno momento apresentada por Kardec à humanidade terrena, é o inigualável mecanismo de interpretação destas imorredouras lições que repletam de consolações e esperanças os dias de aprendizado em nossa jornada nas paisagens do planeta.

Eurípedes Barsanulfo

MALES DA IGNORÂNCIA

Indubitavelmente, a Doutrina Espírita encontra-se alicerçada na universalidade dos ensinamentos dos Espíritos e, por este motivo, utiliza-se de todo conhecimento e sabedoria, até então acumulado pelas civilizações que antecederam à presença da Codificação nas paisagens terrenas.
A partir de então, muitas das assertivas trazidas a lume pelas Entidades Venerandas que participaram de seus postulados e ensinamentos, viram com o decorrer do tempo, pouco a pouco, suas hipóteses e afirmações, serem confirmadas por renomados pesquisadores e cientistas, avalizando, mesmo a contragosto, muitas destas afirmativas, particularmente, as de caráter material, posto que a matéria, ainda é o objeto principal dos estudos da Ciência.
Talvez, resida aí o fato de Allan Kardec, o insigne Codificador, pesquisador nato, de profunda acuidade crítico-analítica, dotado de notável metodologia pedagógica, além de acentuada ponderação e bom-senso, ter plena convicção de suas pesquisas, quando estabeleceu: “…se algum dia, a ciência provar que a Doutrina Espírita está errada em algum ponto, neste ponto, abandone a Doutrina Espírita e fique com a Ciência”, demonstrando dessa forma, a seriedade e o respeito que devota as Inteligências Superiores, que encontram-se assessorando-o no gigantesco trabalho de esclarecimento da Humanidade pela via do intercâmbio mediúnico, até então tido como fantasioso e ingênuo, não se prestando a outra coisa, além de divertimentos pueris de pessoas frívolas e fúteis.
Entretanto, tão logo foram publicadas e editadas em livros as primeiras obras pelos Espíritos, percebem–se que aquele apanhado de perguntas e respostas acerca dos mais diversos temas e assuntos, continha o mais extraordinário tratado de Ciência, Filosofia e Religião, até então complicado, com respostas coerentes e lógicas, versando sobre questões cruciais acerca do enigma da morte e o que nos aguarda após ela acontecer.
Qual a finalidade da existência terrena? De onde viemos e o que estamos fazendo aqui? Por que sofremos? Qual o objetivo da dor em nossas vidas? Pode o homem ser feliz? Existe vida em outros planetas?
Essas e muitas outras questões, a partir do surgimento da Doutrina Espírita passaram a ser motivo de estudos, pesquisas e análises, agora com a seriedade que elas merecem, nas diversas áreas do conhecimento e saber humanos, agora, na atualidade, com desdobramentos para as áreas das emoções e da psique, através dos estudos acerca dos transtornos diversos, que tanto tem afligido o ser humano, como também, vem sendo objeto de estudos da psicologia transpessoal, da psiquiatria, da psicanálise, e mais recentemente, vem sendo aprofundado os estudos e pesquisas sobre o cérebro e suas funções, o papel dos neurônios e das dendrites e sua completa teia de ramificações para que o cérebro continue funcionando, enquanto o espírito estiver no comando deste minúsculo universo composto de neurônios, células, átomos, moléculas, enzimas e outras tantas substâncias compostas por combinações infinitesimais.
Tudo que foi exposto acima, em rigorosa obediência aos desígnios de Deus, conceituado como Inteligência Suprema e causa primeira de todas as coisas, objetiva atender o progresso paulatino da Humanidade, libertando o Homem dos males da ignorância onde ainda se demora, para que o conhecimento acerca da realidade do espírito, leve-o a reconhecer-se como Filho de Deus, viajante da eternidade através de sucessivas existências, para que possa por escolha própria, domar as suas más inclinações, vencer o orgulho e o egoísmo, que são as matrizes de incontáveis dores e sofrimentos que assolam as sociedades atuais e a humanidade de modo geral.
Este homem quando lograr libertar-se da prepotência do egoísmo, da soberba do orgulho, do isolamento do preconceito e da vaidade do conhecimento que supostamente possui, saberá entender que todos, sem exceção, somos eternos aprendizes e, irá reconhecer que Jesus, em sendo o Caminho da Verdade e da Vida, somente nEle encontraremos o verdadeiro conhecimento, e por conta disso, saberemos encontrar em momento oportuno, o Reino de Deus dentro de nós, conforme asseverou Jesus o divino amigo.
Portanto, foi por intermédio da Doutrina Espírita, essa ciência do Infinito, que alcançamos este estágio de compreensão, e, será por meio dela que atingiremos um nível mais elevado de conscientização e da responsabilidade que repousa em nossas mãos, para erguer moralmente a Humanidade.

Rubens Romanelli

O PRINCIPIO DA AUTO ILUMINAÇÃO

Ao dizer: “tudo que eu faço, vos também podeis fazer e muito mais, se quiserdes”, o Celeste Amigo colocou nas mãos de todos quantos ouviram-No, a responsabilidade da própria existência, em toda jornada evolutiva, independentemente das condições em que estas se apresentem, sejam favoráveis e serenas, ou conturbadas e desastrosas.
Cabe a ti, somente a ti, a partir dos teus conhecimentos já adquiridos, analisados imparcialmente, sem justificativas acomodatícias, conscientemente internalizados na mente, esforçar-se para aplicá-los em teus dias.
Sabes, conforme esclarece a Doutrina Espírita, que um espírito imortal, temporariamente vivenciando uma existência de aprendizado e progresso, com amplas possibilidades de sucesso nessa empreitada, tens, em teu favor, o conhecimento de que és “o ser inteligente da criação”, com potenciais criativos inimagináveis, capazes de elevá-lo acima das adversidades habituais posto que elas, são apenas exercícios no livro de teu destino, usado como estratégia pedagógica, na escola da vida.
Possuis, embora muitas vezes ajas, parecendo ignorar, um vasto campo de recursos a teu dispor chamado livre arbítrio, permitindo-te escolher o caminho mais favorável a ser vencido pelos teus passos.
Certamente não ignoras, que o pensamento aliado à vontade, são forças criadoras capazes de materializar teus anseios, dependendo apenas da tua capacidade de dirigi-lo para o foco ou alvo a ser alcançado, com objetividade e perseverança, visto que as lições de Jesus, que já conheces, esclarece que “aquele que perseverar, até o fim, atingirá o objetivo desejado”.
Como o espírito é o autor e senhor dos próprios pensamentos, embora também seja influenciado por pensamentos alheios, o livre arbítrio que possuis, te permite escolher dentre os que te são sugeridos, aqueles que reconheces como sendo os mais favoráveis à tua maneira de pensar, de acordo com teus propósitos, em benefício de tuas necessidades imediatas.
Portanto, dirija os teus esforços na direção dos obstáculos que desejas vencer com determinação e persistência, sem se permitir vacilações ou fraquezas, como também, evites adiar ações já estudadas anteriormente, cultivando receios ou temores de fracassos, antecipando circunstâncias que ainda não se materializaram.
Quando te encontras experimentando conflitos desgastantes acreditando-te incapaz de resolvê-los em razão de insegurança que assinala tuas atitudes, cultives a certeza que ao redor de teus passos, existem muitos espíritos aguardando a direção de tuas escolhas.
Alguns, os benfeitores espirituais, os espíritos simpáticos ou familiares e outros com ligações afetivas de longa data, torcendo pelo sucesso edificante de tua conduta, como também pelo progresso evolutivo de tua jornada terrena.
Da mesma forma, também faz parte do cortejo de tua companhia, aqueles que cultivam mágoas ou ressentimentos contra ti, em razão de experiências pretéritas malogradas, onde as decepções, frustrações e fracassos resultaram em traições ou tragédias, culminando com o cultivo de antipatias recíprocas e ódios inomináveis, que por falta de tolerância, compreensão e perdão de parte a parte, colocaram-nos em lados opostos, originando confrontos de ideias e pontos de vistas, que defendidos passionalmente por todos os envolvidos, geram as obsessões de longo porte, levadas a efeitos por obsessores incansáveis, que desejam vingar-se a qualquer preço.
Como bem assinala Paulo de Tarso: “uma nuvem de testemunhas te observam”.
Além destes, se encontram ainda no rol de tuas companhias, espíritos que foram conquistados pelas novas ideias que agora cultivas, a partir do conhecimento da Doutrina Espírita, que reconhece em ti um irmão de jornada provacional, que embora apresente franquezas e imperfeições na área do comportamento, observa em ti o desejo de melhorar-se; de acertar na escolhas do livre-arbítrio; de fazer o melhor de si mesmo na Seara do Mestre; de trabalhar as dificuldades da jornada sem revolta, e de agradecer cada dia, uma tentação vencida, no momento do testemunho, guardando a convicção de que Deus é Amor, e como tal, só permite que nos ocorra no campo das provações, aquilo que já conhecemos e, portanto, já temos condições de suportar com resignação, para poder vencer com gratidão.
Todos eles, destacados companheiros de tua jornada de evolução e progresso, são professores colocados cuidadosamente em tua esfera de ação, dentro do campo vibracional em onde te movimentas, para impulsioná-lo rumo a auto iluminação. Os benfeitores e espíritos simpáticos e familiares, procurando inspirar-te boas ideias e generosas ações de amor ao próximo, com dedicação e zelo afetivo; os adversários de momento e demais obsessores de longa data, tentando-o levá-lo à derrocadas morais, que te exigem constante vigilância e oração, também contribuem com o teu aprendizado e progresso, posto que só te alcançam porque ainda tens dentro de ti, matrizes das enfermidades morais que ainda não vencestes; e, demais espíritos que ainda te, observam, esperam que tua conduta prática, retrate com fidelidade o conhecimento que já adquiristes, visto que, ao profitente do Espiritismo, que de posse dos esclarecimentos do Evangelho de Jesus, espera-se que mantenha conduta compatível com a ética que transpira dos postulados ali apresentados, onde o amor, que cobre a multidão dos erros, seja o princípio de tudo e a justiça, mais perfeita que a dos demais, seja o ideal perseguido, e a caridade, sem a qual não há salvação, seja a ação diuturna e incansável na vida do servidor de Jesus.
Posto isto, vai e faze a tua parte da melhor forma possível, sem adiar tua evolução espiritual, porquanto, encontra-se no espírito imortal, o princípio da auto iluminação conforme assertiva do Mestre Amado “Brilhe a Vossa Luz”.

Rubens Romanelli

PLANEJAMENTO DIVINO

O intercâmbio mediúnico é um imenso oceano de possibilidade de comunicação neste planeta, em que se movimentam as ondas vibratórias que dão azo às dificuldades e sintonia entre os seres inteligentes da criação.
O espírito imortal, em estágio na carne ou fora dela, sempre carrega consigo o seu passado longínquo, apesar da poeira dos milênios tentar ocultá-lo. No momento oportuno, emerge para o presente atual, amalgamando-se estas experiências a fim de delinear o futuro, que desponta num horizonte de potencialidades variáveis, como podemos entrever da assertiva de Jesus, ao dizer: “O Reino de Deus encontra-se ínsito na consciência do ser, revelando que o progresso é inestancável, impulsionando toda a criação rumo ao aperfeiçoamento porvindouro.
O intercâmbio mediúnico, exercitando os sentidos das criaturas, desde o simples toque do tato, que iniciou-se bilhões de anos antes, na lei de atração existentes entre os minerais, após largo período de acomodação entre as forças telúricas da natureza, para desaguar na movimentação da matéria inerte, através das energias sutis acionadas pelo pensamento, atrelado à vontade, que são possibilidades já franqueadas ao espírito imortal, dotado de elevado nível de consciência, como apresenta Jesus ao dizer: “Eu e o Pai somos UM”, revelando a unidade de pensamento, porém destacando o EU de sua própria individualidade, tal qual Paulo de Tarso, em outro estágio consciencial revelou, quando afirmou: “Já não sou Eu que vivo, é o Cristo que vive em mim.
Assim sendo, o intercâmbio mediúnico é essa via de acesso, que demonstra ser o espírito imortal, este ser inteligente da criação, o arquiteto de seu próprio destino, dotado pelo Criador de potencialidades inimagináveis, com capacidade para desvendar os mais insondáveis e intricados mistérios, que desafiam pesquisadores e cientistas de todos os matizes, porém, encontram-se ao alcance do Homem, conforme se deduz destas palavras do Evangelho: “Não existe nada oculto que não venha a ser revelado e, tornando-se público”, demonstrando assim a deificação do homem, no mundo em que ele se movimenta, diferentemente da divinização de Jesus, o Cristo de Deus, governador da Terra.
Portanto, cada ser inteligente da criação movimenta-se dentro dos estreitos limites de sua própria consciência, atuando com segurança na área de sua sintonia e afinidade, com autonomia, apenas dentro de sua esfera de ação, porquanto as trevas são incapazes de impedir a presença da luz da mesma forma que o ser em estado, de ignorância e maldade, somente alcançará outros patamares evolutivos através do esforço contínuo e persistente na busca da auto iluminação, por isso, a recomendação de Jesus ao estabelecer. “Brilhe a vossa luz”.
Dita desta forma fica claro que toda a criação encontra-se concretamente dentro do Planejamento Divino, porém não há nada estático na estrutura das Leis de Deus, tanto as leis da matéria, que regem as leis físicas quanto às leis morais, que regulam as leis do pensamento, e por decorrência da mente, das ideias, e das emoções, em perfeita sintonia com o pensamento Divino, quando estabeleceu: “Faça-se a luz”, e ela se fez, dando conta que apesar dos erros e acertos do Homem, ao longo de sua jornada evolutiva, através dos Espíritos Superiores, emissários enviados por Deus apara iluminar a Humanidade através do intercâmbio mediúnico, estamos caminhando no rumo certo, buscando a luz para alcançar a plenitude e a felicidade.
Assim, não vos inquieteis jamais, porquanto, nada se encontra à revelia do Planejamento Divino, que amorosamente supre todas as necessidades de seus filhos onde quer que eles estejam, impulsionando-os à perfeição possível.
Rubens Romanelli

Mensagem recebida psicograficamente pelo médium José Maria de Medeiros Souza dia 29.06.2010, às 7hs manhã.

O BOM SERVIDOR

Meus filhos.
Que a Divina Misericórdia continue envolvendo a todos em muita serenidade e muita paz.
Queridos irmãos, é uma tarefa hercúlea, matar o homem velho para deixar nascer o homem novo, o homem da era nova prevista por Jesus.
Entretanto, meus irmãos, não é impossível, pois Deus não coloca fardos mais pesados que os frágeis ombros da nossa infância espiritual possa carregar.
Voltem-se para dentro de vocês próprios, auscultem os sentimentos modificadores, necessários para que surja o homem novo, cuja a luz deverá brilhar conforme a promessa de Jesus.
Este trabalho é a oficina aonde todos deverão desenvolver o nosso aprendizado.
Nós, fora da carne e vocês, na carne, tomando contato com aqueles que se acham desvestidos da vestimenta física para o necessário intercâmbio de bênçãos. Portanto meus irmãos, meus filhos, analisem-se, observem-se, mirem-se pela ética e pela ótica Cristã, a fim de poder observar melhor, o parâmetro por onde devem direcionar a ação de cada um. Esta abençoada oficina que nos foi dada, como processo para o nosso desenvolvimento evolutivo, precisa ser melhor tratada, melhor trabalhada, melhor compreendida, para que os frutos sejam mais promissores, mais edificantes e mais generosos.
Sabemos que, de acordo com o estágio evolutivo do planeta, as dificuldades da densidade atmosférica que cercam trabalhos como estes, são muito intensas, muito difíceis, porém, há um condutor em nossas vidas. Se não bastasse o Criador e não bastasse Jesus, ainda temos a presença de abnegados tarefeiros da Vida Mais Alta, que vez que outra recebem autorizações para alertar os corações ingênuos, que ainda se apresentam como todos nós.
Por isso, meus filhos, não é o momento de apontar para dificuldades de ninguém, mas é o exato instante em que devemos voltar nossos apontamentos para as nossas fraquezas, para nossas imperfeições, para as nossas dificuldades, e verificar o que é que podemos, de iniciativa própria, com boa vontade e perseverança alterar. Onde é que podemos fazer o investimento de nossas energias numa tarefa espiritual; que compense para cada um de nós; que seja altamente recompensadora para os nossos esforços; que seja de certa forma benéfica para os nossos propósitos de melhoria interior.
O Divino Amigo já nos alertou: “os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”.
Queremos deixar esta pergunta para análise: Onde está o amor? Em que ação? Em que atitude? Em que conduta eu estou investindo amor? Aonde que precisa o amor ser mais trabalhado para que a tarefa continue com o propósito de servir a Deus servindo ao nosso semelhante?
Nós sabemos que no caminho do gólgota não havia pavimento, eram pedras, calhaus e obstáculos vários, mas, todo aquele que pretende chegar perto do Cristo, precisa saber que a cruz da jornada é dificultosa. É uma cruz, que as vezes imaginamos, pesada demais para o nossos ombros. Mas, nada é tão pesado para a consciência, quando estivermos diante da Consciência Divina, e constatarmos, que podíamos ter feito mais, se deixamos de fazer, deixamos de realizar.
Como será que nos apresentaremos do outro lado?
As nossas mãos estarão carregadas de ação, ou elas estarão vazias, pois cruzamos os braços e deixamos que a inércia dominasse o sentimento, dominassem o coração e não realizamos o que prometemos, e mais uma vez estamos em defasagem com o compromisso maior.
Pensai nisso meus filhos.
Pensai nisso meus irmãos, porque o tempo passa para nós. Para Deus o que existe é a eternidade, somos nós que temos pressa. Deus aguarda o tempo que for necessário. Mas não alcançaremos o reino de Deus em nós, se não apressarmos o passo para ser o bom servidor de todas as horas.
Muita Paz.
Eurípedes Barsanulfo

(Mensagem psicofônica dada em 07/11/09 no Santuário do Amor, após os trabalhos de Dr. Hans e equipe em S.B.Campo), pelo médium José Maria de Medeiros Souza

EDUCANDO ESPÍRITOS

O profitente da Doutrina Espírita, mais que qualquer seguidor de outra religião, sabe perfeitamente, em razão dos estudos que realiza, notadamente, os que se acham presentes nos postulados da Codificação, que todo espírito ao renascer na esfera terrestre, trás todo saber acumulado, todas as suas experiências vividas, como também os seus sucessos e fracassos arquivados em sua consciência, de maneira velada, perfazendo o acervo já conquistado, de maneira inconteste.
Nos primeiros anos de seu retorno à vida corpórea, suas primeiras expressões de sentimentos, anseios e vontades, encontram-se repletos dos sinais indicativos das regiões de onde procede, manifestados espontaneamente, porquanto, não possuem ainda uma censura prévia da moral social agora em vigor, o que leva pais e familiares, mestre e educadores, enxergarem em tal conduta uma pureza, uma ingenuidade, uma inocência destituída de malícia ou maldade como se aquela alma, acabasse de ser criada pura e sem máculas, do seio amantíssimo do Criador.
Esta avaliação, certamente, carece de fundamentos objetivos, porquanto, o processo reencarnatório, para melhor ser levado a efeito, sem preponderância dos equívocos do passado, sofre a imposição de um velado esquecimento, afim de que, as tendências do espírito, as ideias inatas que cultiva, as afinidades cheias de ternura e carinhoso enlevo, ou, a frieza das emoções, o distanciamento e a indiferença, retratem com a maior fidelidade possível, o perfil do espírito que vem temporariamente, habitar aquele corpo.
Portanto, o esquecimento é um abençoado recurso para o espírito reencarnado, como também, é um precioso instrumento de auxílio, para os pais, tutores, responsáveis, mestres e educadores em geral, na tarefa de educar, orientar, retificar ou traçar diretrizes na formação do caráter, em razão das ideias inatas, das tendências, da predileção que demonstra por determinadas áreas de interesse, permitindo um programa educacional mais condizente com as necessidades do espírito.
Abre-se assim, através desse conhecimento que a Doutrina Espírita proporciona, uma larga perspectiva para todos aqueles que lidam diretamente com a infância e com a adolescência, que consideramos uma fonte segura, como também ao tipo de pensamentos e ideias, retratando os sonhos, os desejos, as ambições, além de mostrar, como estes convivem, reagem ou administram, os fracassos, as rejeições afetivas, as decepções e as mágoas, ou, de outro lado, as conquistas, os sucessos, as vitórias e os destaques pessoais.
É compreensível que cada espírito ao reencarnar na Terra, traga uma larga bagagem de experiências que só ele possui, ela é única, para cada indivíduo, porque sabemos que a mesma experiência simultânea, vivida por espíritos distintos ao mesmo tempo, apresentam-se a cada um deles, de uma maneira completamente diferentes nas suas conclusões pessoais, denotando a adversidade de entendimento, de aceitação, de cultura ou conhecimento que cada qual possui.
Pode-se assim considerar, que educar espíritos, é basicamente educar sentimentos, valorizando o equilíbrio e harmonia das emoções, estimulando-os na busca da adoção dos bons hábitos, com um perseverante esforço para adquirir as virtudes essenciais, no estabelecimento de relações sociais já consagradas como necessárias, para a construção de uma sociedade mais saudável, mais justa, mais digna e mais feliz.
Não deve ser ignorado pelos espíritas, tanto quanto por pais educadores em geral, que uma boa convivência social requisita muita tolerância, compreensão e afinidades entre amigos além de muita paz dentro do lar.
No entanto, é de relevante significado a solidariedade entre as criaturas, a compaixão ante a dor do próximo, a iniciativa de colaborar às vítimas de catástrofes, a defesa dos direitos elementares do cidadão, a fraternidade de um modo geral e, a vivência dos princípios de justiça, amor e caridade, para que reine a paz na Terra e muita boa vontade entre os homens.
Educar espíritos é educar sentimentos, para que haja muita paz e progresso espiritual.

Anália Franco

A EDUCAÇÃO COMO IDEAL

Ao dizer “…aprendei comigo, que sou brando e humilde de coração”, Jesus se posiciona como um mestre, professor e educador, que não se limita a cumprir um programa, de conteúdo distante das experiências vividas pelos alunos e educandos, atrelado à exemplificação daquele que ministra as lições, e que ainda se apresenta como paradigma para servir de modelo e, como se pode observar, ainda leciona requisitos de virtudes morais, como brandura e humildade, para garantir uma edificante semeadura aos seus aprendizes.
Um educador para ser eficiente em sua nobre tarefa de educar, precisa aliar à sua ação, um cabedal de atividades interativas, que permitam ao aprendiz, uma imediata aplicação prática daquilo que está aprendendo, para que as lições teóricas mostrem o lado prático condizente, capaz de transformar-se em hábito saudável e promissor, posto que, educar é cultivar hábitos, portanto educar bem, é cultivar bons hábitos, que somente serão adotados como roteiros iluminativos, quando estiverem acompanhados dos mais variados exemplos extraídos das vivências do cotidiano.
Educar é uma arte grandiosa e nobilitante que favorece ao educando, a formação de um caráter ético, íntegro e pacifico, posto que alicerçado por princípios justos e equânimes, e, a educação espírita ainda conta com um arrazoado de qualidades e virtudes defluentes da ética cristã, que imprime justiça, amor e caridade aos demais ensinamentos.
O aprendizado da justiça, do amor e da caridade é um excelente programa de educação moral, que possibilita ao aluno, caminhar com segurança rumo ao autoaperfeiçoamento capaz de garantir-lhe harmonia e paz na vida.
Não é por acaso, que Jesus ao falar que “o Reino de Deus está dentro de nós” sinaliza uma síntese pedagógica de intensa profundidade moral como podemos deduzir do convite: “buscai primeiro o Reino de Deus (dentro de cada um) e sua justiça (um dos atributos inerentes ao Reino de Deus) e tudo o mais vós será acrescentado”, por decorrência desse processo de busca para se alcançar o auto aperfeiçoamento.
Quando se educa alguém, dentro dos estreitos limites da justiça, certamente, essa educação leva o educando a conscientizar-se do espaço que lhe pertence, fazendo-o reconhecer que a partir daquele ponto, o espaço fronteiriço pertence a outrem, não sendo justo ultrapassá-lo visto que isto iria contrariar uma das leis de Deus, muito embora, como asseverou Paulo de Tarso, “tudo me é permitido, porém, nem tudo me é lícito”, mostrando que a permissão decorre do livre arbítrio de cada um, no entanto, tal ação não é conveniente ao indivíduo, em razão da equanimidade da justiça divina.
Nesse aspecto, o programa educativo que consiste no aprendizado das leis morais, a partir da lei de justiça, amor e caridade é de relevante significado, onde o amor, ocupa o centro dessa síntese sublime unindo a justiça com a caridade, para que o amor, possa inovar as injustiças da terra através das ações da caridade, que todas podem praticar no seio da comunidade onde transita, anulando os efeitos das injustas leis criadas pelos homens, a fim de que em futuro próximo, estas aproximem-se cada vez mais das leis de Deus.
Por isto que, quem ama educa, e quem educa, ama, onde o amor, como já dissemos, tem o nobre ofício de deixar tudo, dentro da mais perfeita harmonia, segundo as Leis de Deus, esse Deus que criou os homens, e não este Deus que os homens criaram.
A educação é um nobre ideal, notadamente, quando ela ultrapassa os limites do dever, e passa a ser exercitada com amor, onde o objetivo maior seja uma educação integral, que permita ao discípulo superar o seu próprio educador, a partir de onde, percebe-se com clareza, que o educando, em razão de suas atitudes integralmente manifestas, mostra com absoluta naturalidade o quanto assimilou do aprendizado, repetindo o modelo inspirador do educador que guiou-lhe os passos.
Nesse aspecto, a Doutrina Espírita possui um extenso acervo de ensinamentos morais, capaz de proporcionar ao aprendiz uma fonte segura de subsídios nas diversas áreas do conhecimento humano, sem afastar-se da religiosidade filosófica que transparece dos apontamentos do Evangelho de Jesus.
Portanto, educar tendo por base este modelo pedagógico de educação, onde, após cada lição ministrada segue-se precioso convite à ação, nas palavras oportunas do Mestre dos Mestres.
“Faze tu o mesmo”.

Anália Franco

UM ROTEIRO ESPÍRITA

Todo indivíduo em uso pleno de suas faculdades mentais, dotado de meridiana inteligência, possuidor de razoável grau de estudos e conhecimentos, tendo bom senso e discernimento, ao adentrar às fileiras do Espiritismo, encontra-se imbuído de bons propósitos, certamente encontrará um imenso arrazoado de novas ideias, de conceitos peculiares acerca da dor e do sofrimento humano, assim como do amor, da justiça e da caridade ao próximo capacitando-o a exercer com mais equilíbrio e harmonia, as escolhas do seu livre-arbítrio, levando-o à compreensão de que ele próprio, é o maior responsável pelo seu próprio destino.
Os postulados espíritas, em todo conteúdo da Codificação, expande e corporifica o Evangelho de Jesus, libertando-o das alegorias lendárias e interpelações simbólicas contidas na frieza dos textos tradicionais, vivificando-o em sua realidade atemporal, para atender o homem hodierno em suas necessidades atuais e futuras, como vem fazendo nestes dois milênios, com singular propriedade e bonançosos resultados.
Quando este homem, encontra-se profundamente identificado com as propostas do Cristo de Deus, conforme no-Lo apresenta a Doutrina Espírita, desvestido do romantismo lendário com que as religiões o envolveram e, retira-lo do conceito sacro-histórico com que alguns filosóficos tentam encarcerá-lo, objetivando diminuí-Lo inutilmente;
Quando, souber reconhecer a singeleza de Jesus, que ao se apresentar como o caminho, da verdade e da vida, para se chegar ao Reino de Deus, não tem receio algum de esclarecer que o reino de Deus encontra-se dentro do indivíduo, libertando-o, para que este indivíduo possa viver as suas próprias experiências, apenas recomendando, sem censuras, para não cair nos mesmos erros, que até então estão repetindo-se.
Quando enxergar em Jesus a sua exemplar grandeza, tão indimensional que não coube na história, dividindo-a em antes e depois Dele, porém, jamais esqueceu o respeito às leis e ao próximo, ao ponto de render-se às tradições vigentes, lavando os pés dos discípulos, para testemunhar que o maior no Reino dos Céus será sempre aquele que se fez menor e servidor de todos.
Quando ousar colocar na própria vivência individual às recomendações de Jesus, que nunca pediu a ninguém nas páginas de seus ensinamentos, algo que o Homem fosse incapaz de realizar, como se deduz de suas palavras quando afirmou: “Tudo que eu faço, vós também podeis fazer e muito mais; Se quiserdes”.
Quando entender através da interpretação do amor, que Jesus não veio à Terra para os doutos e sábios como acreditam alguns, e sim, para os simples e humildes, que aprendem a compreender o Mestre, acima de tudo, pelos olhos da alma e do coração.
Quando, sem temor, sacrifício, obrigação e falsas promessas de santificação, espontaneamente, por livre escolha, souber traçar um roteiro de autoaperfeiçoamento, onde a renúncia em favor do outro seja consentida, sem mágoas, ressentimentos ou frustrações de qualquer jaez.
Quando este roteiro em perfeita sintonia com a justiça divina, que em razão de nossa pequenez ainda desconhecemos, porém, guardamos intimamente a certeza de que Deus é justo e a sua justiça é perfeita.
Quando decidimos por iniciativa própria, e não levados pelas injunções aflitivas de momento, a amar com sinceridade e franqueza, sem impor condições, sejam elas quais forem, mesmo que não nos amem com a mesma disponibilidade.
Quando ser espírita deixa de ser uma realidade presente conforme aprendemos com a Doutrina Espírita, que estabelece: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pelo esforço que ele faz em domar as suas más inclinações…” o que certamente nos leva a reconhecer que ainda falta acrescentar em nossas ações o “se quiserdes” da proposta de Jesus.
Encontram-se acima, alguns itens que poderão servir de roteiro inicial, para todos nós, sem exclusão de ninguém.

Rubens Romanelli