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FRASES DE ALLAN KARDEC

“Nascer, morrer, renascer ainda, e progredir sempre, tal é a lei”
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“Fora da Caridade não há Salvação”
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“Fé inabalável só é a que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade”
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“Aqueles que passam sua vida na abundância e na felicidade humana são espíritos frouxos que permanecem estacionários”
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“Se tornarmos a palavra milagre em sua acepção etimológica, no sentido de coisa admirável, teremos milagres incessantemente sob as vistas. Aspiramo-los no ar e calcamo-los aos pés, porque tudo então, é milagre em a Natureza”
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“Deus povoou o mundo de seres vivos, concorrendo todos ao objetivo firme da providência”
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“Como acreditar que Deus só ao Espírito mal permita que se manifeste, para perder-nos, sem nos dar por contrapeso os conselhos dos bons Espíritos?”

NA JORNADA EVOLUTIVA

EMMANUEL – Pedro Leopoldo, 25 de março de 1947.
Prefácio do Livro – Mundo Maior – Francisco Cândido Xavier – pelo Espírito André Luiz.


Dos quatro cantos da Terra diariamente partem viajores humanos, aos milhares, demandando o país da Morte. Vão-se de ilustres centros da cultura europeia, de tumultuárias cidades americanas, de velhos círculos asiáticos, de ásperos climas africanos. Procedem das metrópoles, das vilas, dos campos…
 Raros viveram nos montes da sublimação, (Purificar, expurgar de tudo o que é estranho ou impuro)vinculados aos deveres nobilitantes (Enobrecer; engrandecer; ilustrar; celebrar). A maioria constitui-se de menores de espírito, em luta pela outorga de títulos que lhes exaltem a personalidade. Não chegaram a ser homens completos. Atravessaram o “mare magnum” (s. m. – grande abundância, tropel, confusão: Estou envolvido num mare-magnum de negócios. – que significam grande mar.) da humanidade em contínua experimentação.
Muita vez, acomodaram-se com os vícios de toda a sorte, demorando voluntariamente nos trilhos da insensatez. Apesar disso, porém, quase sempre se atribuíam a indébita condição de “eleitos da Providência”; e, cristalizados em tal suposição, aplicavam a justiça ao próximo, sem se compenetrarem das próprias faltas, esperando um paraíso de graças para si e um inferno de intérmino tormento para os outros. Quando perdidos nos intrincados meandros do materialismo cego, fiavam, sem justificativa, que no túmulo se lhes encerraria a memória; e, se filiados a escolas religiosas, raros excetuados, contavam, levianos e inconsequentes, com privilégios que jamais nada fizeram por merecer.

Onde albergar a estranha e infinita caravana? Como designar a mesma estação de destino a viajantes de cultura, posição e bagagem tão diversas?
Perante a Suprema Justiça, o malgache (Língua oficial de Madagascar) e o inglês fruem dos mesmos direitos. Provavelmente, porém, estarão distanciados entre si, pela conduta individual, diante da Lei Divina, que distingue, invariavelmente, a virtude e o crime, o trabalho e a ociosidade, a verdade e a simulação, a boa vontade e a indiferença. Da contínua peregrinação do sepulcro, participam, todavia, santos e malfeitores, homens diligentes e homens preguiçosos.
Como avaliar por bitola única, recipientes heterogêneos? Considerando, porém, nossa origem comum, não somos todos filhos do mesmo Pai? E por que motivo fulminar com inapelável condenação os delinquentes, se o dicionário divino inscreve a letras de logo as palavras “REGENERAÇÃO”, “AMOR” E “MISERICÓRDIA”? Determinaria o Senhor o cultivo compulsório da esperança entre as criaturas, ao passo que Ele mesmo, de Sua parte, desesperaria? Glorificaria a boa vontade, entre os homens, e conservar-se-ia no cárcere escuro da negação? O selvagem que haja eliminado os semelhantes, a flechadas, teria recebido no mundo as mesmas oportunidades de aprender que felicitam o europeu supercivilizado, que extermina o próximo à metralhadora? Estariam ambos preparados ao ingresso definitivo no paraíso de bem-aventurança infindável tão somente pelo batismo simbólico ou graças a tardio arrependimento no leito de morte?
A lógica e o bom-senso nem sempre se compadecem com argumentos teológicos imutáveis. A vida nunca interrompe atividades naturais, por imposição de dogmas estatuídos de artifício. E, se mera obra de arte humana, cujo termo é a bolorenta placidez dos museus, exige a paciência de anos para ser empreendida e realizada, que dizer da obra sublime do aperfeiçoamento da alma, destinada a glórias imarcescíveis (imperecível – eterno)?
Vários companheiros de ideal estranham a cooperação de André Luiz, que nos tece informações sobre alguns setores das esferas mais próximas ao comum dos mortais.
Iludidos na teoria do menor esforço, inexistente nos círculos elevados, contavam com preeminência pessoal, sem nenhum testemunho de serviço e distantes do trabalho digno, em um céu de gozos contemplativos, exuberante de conforto melifico (converter em mel). Prefeririam a despreocupação das galerias, em beatitude permanente, onde a grandeza divina se limitaria a prodigiosos espetáculos, cujos números mais surpreendentes estariam a cargo dos Espíritos Superiores, convertidos em jograis (bobos) de vestidura brilhante.
A missão de André Luiz é, porém, a de revelar os tesouros de que somos herdeiros felizes na Eternidade, riquezas imperecíveis; em cuja posse jamais entraremos sem a indispensável aquisição de Sabedoria e de Amor.
Para isto, não lidamos em milagrosos laboratórios de felicidade improvisada, onde se adquiram dotes de vil preço e ordinárias asas de cera. Somos filhos de Deus, em crescimento. Seja nos campos de forças condensadas, quais os da luta física, seja nas esferas de energias sutis, quais as do plano superior, os ascendentes que nos presidem os destinos são de ordem evolutiva, pura e simples, com indefectível justiça a seguirmos de perto, à claridade gloriosa e compassiva do Divino Amor.
A morte a ninguém propiciará passaporte gratuito para a ventura celeste. Nunca promoverá compulsoriamente homens a anjos. Cada criatura transporá essa aduana da eternidade com a exclusiva bagagem do que houver semeado e aprenderá que a ordem e a hierarquia, a paz do trabalho edificante, são característicos imutáveis da Lei, em toda parte.
Ninguém, depois do sepulcro, gozará de um descanso a que não tenha feito jus, porque “o Reino do Senhor não vem com aparências externas”.
Os companheiros que compreendem, na experiência humana, a escada sublime, cujos degraus há que vencer a preço de suor, com o proveito das bênçãos celestiais, dentro da prática incessante do bem, não se surpreenderão com as narrativas do mensageiro interessado no servir por amor. Sabem eles que não teriam recebido o dom da vida para matar o tempo, nem a dádiva da fé para confundir os semelhantes, absorvidos, que se acham, na execução dos Divinos Desígnios. Todavia, aos crentes do favoritismo, presos à teia de velhas ilusões, ainda quando se apresentem com os mais respeitáveis títulos, as afirmativas do emissário fraternal provocarão descontentamento e perplexidade.
É natural; porém, cada lavrador respira o ar do campo que escolheu.
Para todos, contudo, exoramos a bênção do Eterno: tanto para eles, quanto para nós.

ORAÇÃO NA FESTA DAS MÃES

Senhor Jesus!

Junto dos irmãos que reverenciam as mães que os amam, para as quais te rogamos os louros que mereceram, embora atentos à lei de causa e efeito que a Doutrina Espírita nos recomenda considerar, vimos pedir abençoes também as mães esquecidas, para quem a maternidade se erigiu em purgatório de aflição!…

Pelas que jazem na largueza da noite, conchegando ao peito os rebentos do próprio sangue, para que não morram de frio;

Pelas que estendem as mãos cansadas na praça pública, suplicando, em nome da compaixão, o sustento que o mundo lhes deve à necessidade;

Pelas que se refugiam, nas furnas da natureza, acomodando crianças enfermas entre as fezes dos animais;

Pelas que revolvem latas de lixo, procurando alimento apodrecido de que os próprios cães se afastam com nojo;

Pelas que pintam o rosto, escondendo lágrimas , no impulso infeliz de venderem o próprio corpo a corações desalmados, acreditando erroneamente que só assim poderão medicar os filhos que a enfermidade ameaça com morte;

Pelas que descobriram calúnias e fel nas bocas que amamentaram;

Pelas que foram desprezadas nos momentos difíceis;

Pelas que se converteram em sentinelas da agonia moral, junto aos catres de provação;

Pelas que a viuvez entregou à cobiça de credores inconscientes;

Pelas que enlouqueceram de dor e foram trancadas nos manicômios; e por aquelas outras que a velhice da carne cobriu de cabelos brancos e, sem ninguém que as quisesse, foram acolhidas como sombras do mundo nos braços da caridade!…

São elas, Senhor, as heroínas da retaguarda, que pagam a terra os mais altos tributos de sofrimento…

Tu que reconfortaste a samaritana e secaste o pranto da viúva de Naim, que restauraste o equilíbrio de Madalena e levantaste a menina de Jairo, recorda as filhas de Jerusalém que te partilharam as agonias da cruz, quando todos te abandonavam, e compadece-te da mulher!…


Mensagem do Espírito Emmanuel psicografado por Francisco Cândido Xavier
Do Livro “Justiça Divina” – Editora FEB (Federação Espírita Brasileira)

PRECE

Senhor, ensina-nos a oferecer-te o coração puro e o pensamento elevado na oração.

Ajuda-nos a pedir, em Teu Nome, para que a força de nossos desejos não perturbe a execução de teus desígnios.

Ampara-nos, a fim de que o nosso sentimento se harmonize com a tua vontade e que possamos, cada dia, ser instrumentos vivos e operosos da paz e do amor, do aperfeiçoamento e da alegria, de acordo com a tua Lei.

Assim seja.


Mensagem do Espírito Meimei, psicografado por Francisco Cândido Xavier
Do Livro: “Pai Nosso” – Editora FEB (Federação Espírita Brasileira)


EVANGELHO EM CASA

O Culto do Evangelho em casa,  pelo menos uma vez por semana, ser-vos-á uma fonte de alegrias e bençãos.

Renovemos o contato com os ensinamentos de Jesus, tanto quanto nos seja possível, e não somente o lar que nos acolhe se transformará em celeiro de compreensão e solidariedade, mas também a própria vida se nos fará luminoso caminho de ascensão à felicidade real.


Mensagem do Espírito Batuíra, psicografado por Francisco Cândido Xavier
Do Livro: “Mais Luz” – Editora GEEM

JOVENS DIFÍCIEIS

Terás talvez contigo jovens difíceis para instalar convenientemente na vida.

Inquestionavelmente é preciso apoiá-los quanto se nos faça possível. Capacitemo-nos, porém, de que ampará-los não será traçar-lhes a obrigação de copiar-nos os tipos de felicidade ou vivência.

Claro que não nos compete o direito de abandoná-los a si próprios quando ainda inexperientes. Entretanto, isso não significa devamos destruir-lhes a vocação, furtando-lhes a autenticidade em que se lhes caracteriza a existência.

Sonharemos para nossos filhos, no mundo, invejável destaque nas profissões liberais com primorosas titulações acadêmicas, mas é provável hajam renascido conosco para os serviços da gleba, aspirando a adquirir duros calos nas mãos a fim de se realizarem na elevação que demandam.

De outras vezes ideamos para eles a formação do lar em que nos premiem o anseio de possuir respeitáveis descendentes. No entanto, é possível estejam conosco para longas experiências em condições de celibato, carregando problemas e provas que lhes dizem respeito ao burilamento espiritual.

Às vezes gritamos revoltados contra eles, exigindo nos adotem o modo de ser. Frequentemente, porém, se isso acontece, acabamos por perdê-los em mãos que lhes deslumbram os sentimentos ou lhes estragam a vida, quando não os empurramos, inconscientemente, para a furna dos tóxicos ou para os despenhadeiros do desequilíbrio mental com que se matriculam nos manicômios.

Compadece-te dos filhos que pareçam diferentes de ti.

Aceita-os como são e auxilia a cada um deles na integração com o trabalho em que se façam dignos da vida que vieram viver.

Ampara-os sem imposição e sem violência.

Antes de te surgirem à frente por filhos de teu amor, são filhos de Deus, cujo Amor Infinito vela em nós e por nós.

Ainda mesmo quando evidenciem características inquietantes, abençoa-os e orienta-os, quanto possível, a fim de que se mantenham por esteios vivos de rendimento do bem no Bem Comum.

E mesmo quando não te possam compartilhar do teto e se te afastem da companhia a pretexto de independência, abençoa-os mesmo assim, compreendendo que todos nós, desde que nos vinculemos à ordem e ao trabalho no dever que nos compete, sem prejudicar a ninguém, desfrutamos por Lei Divina o privilégio de descobrir qual é para nós o melhor caminho de agir e servir, viver e sobreviver.


Mensagem do espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Do livro: “Na Era do Espírito” – Editora GEEM

RESPONSABILIDADE PREMENTE DO ESPÍRITA: BEM EDUCAR AS CRIANÇAS

Você já reparou como as crianças de hoje são muito inteligentes.

Até poderíamos afirmar que sempre foi assim. As crianças, mesmo em gerações passadas, sempre demonstraram ter um espírito mais irrequieto, mais questionador e mais criativo do que o adulto.

Mas, numa análise imparcial, não precisando nem mesmo termos uma percepção aguçada, iremos constatar – pela simples observação – que as crianças de hoje são muito mais inteligentes do que as crianças das gerações passadas.

Sabe por que as crianças de hoje são muito mais inteligentes do que as crianças das gerações passadas?

A resposta está no fato de que os espíritos que hoje estão reencarnando são espíritos especiais. Você, caro leitor amigo, pode até pensar: Como eu, o autor deste texto, posso com segurança fazer tal afirmação?

A base desta afirmação (além da simples observação do comportamento de uma criança, onde qualquer pessoa atenta constata essa mudança de rumo) é o esclarecimento de Joanna de Ângelis em seu livro “Momentos de Harmonia” (editado em 1.991, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Editora Leal).

No capítulo 10 do citado livro diz Joanna de Ângelis:

“Ao invés de um cataclismo que ceife as vidas e aniquile a sociedade e a Terra, dá-se, neste momento, a renovação do Planeta, graças à qualidade dos Espíritos que começam a habitá-la, enriquecidos de títulos de enobrecimento e de interesse fraternal. Os campeões da maldade, os mercenários a serviço do crime, os fomentadores da guerra e da hediondez, os traficantes de vidas e de drogas alucinantes, cederão espaço no orbe para os construtores do Bem e da Verdade em nome do Amor”.

Esta é uma das informações mais alentadoras que na atualidade poderíamos ter: “dá-se, neste momento, a renovação do Planeta, graças à qualidade dos Espíritos que começam a habitá-la”.

Bem, já que Joanna de Ângelis fez tal afirmação, nós podemos agora cruzar os braços, não é?

Insistindo na pergunta: Se um espírito iluminado, como o de nossa educadora Joanna de Ângelis, afirma que os espíritos rebeldes, os espíritos inferiores, serão naturalmente substituídos por espíritos mais evoluídos, melhorando, sem catástrofes, a condição espiritual de nosso Planeta, cabe a nós, espíritas, fazer o quê? Cruzarmos os braços e deixarmos o tempo passar?

Não.

Cruzar os braços é omitirmo-nos nesse momento tão especial.

A própria Joanna de Ângelis, complementando seu texto acima, diz o que nos cabe fazer:

“Até esse momento, cabe, aos verdadeiros obreiros do Senhor, a tarefa de auto iluminação e constante investigação, que demonstre e confirme a excelência da vida, num comportamento ético pela verdade, que favorece com estímulos superiores a eclosão e a vigência do amor nos corações”.

De forma clara, Joanna de Angelis, passa aos verdadeiros espíritas a incumbência de preparar o ambiente a essas crianças que estão nascendo.

Como?

Ela nos dá as dicas:

“numa tarefa de auto iluminação e constante investigação, que demonstre e confirme a excelência da vida” e acrescenta ainda “num comportamento ético pela verdade”.
Se assim procedermos iremos favorecer “com estímulos superiores a eclosão e a vigência do amor nos corações” (dos espíritos que estão reencarnando e nos corações dos “obreiros do Senhor”).

Através da nossa omissão nós podemos retardar a eclosão deste novo e maravilhoso mundo que se avizinha. Não basta nascerem Espíritos mais evoluídos. É preciso que hajam excelentes escolas e boa educação familiar para fazerem eclodir o amor que estes novos Espíritos reencarnantes trazem em seus corações.

É um trabalho hercúleo, mas que precisa ter início. Se começarmos a agir, a espiritualidade nos ajudará.

Neste imenso trabalho que temos pela frente Jesus está, e sempre estará, nos ajudando. Mas, para cumprir com a sua programação para a Terra, Ele também precisa de nossa ajuda.

Aliás quem faz esta afirmação é Emmanuel, no livro “Fonte Viva” (psicografado por Francisco Cândido Xavier, FEB Editora), texto a seguir.

Cristo e Nós (Emmanuel)

E disse-lhe o Senhor em visão:

– Ananias!

E Ele respondeu:

– Eis-me aqui, Senhor! (Atos, 9:10)

Os homens esperam por Jesus e Jesus espera igualmente pelos homens.

Ninguém acredite que o mundo se redima sem almas redimidas.

O Mestre, para estender a sublimidade do seu programa salvador, pede braços humanos que o realizem e intensifiquem. Começou o apostolado, buscando o concurso de Pedro e André, formando, em seguida, uma assembleia de doze companheiros para atacar o serviço da regeneração planetária.

E, desde o primeiro dia da Boa Nova, convida, insiste e apela, junto das almas, para que se convertam em instrumentos de sua Divina Vontade, dando-nos a perceber que a redenção procede do Alto, mas não se concretizará entre as criaturas sem a colaboração ativa dos corações de boa-vontade.

Ainda mesmo quando surge, pessoalmente, buscando alguém para a sua lavoura de luz, qual aconteceu na conversão de Paulo, o Mestre não dispensa a cooperação dos servidores encarnados. Depois de visitar o doutor de Tarso, diretamente, procura Ananias, enviando-o a socorrer o novo discípulo.

Por que razão Jesus se preocupou em acompanhar o recém-convertido, assistindo-o em pessoa? É que, se a Humanidade não pode iluminar-se e progredir sem o Cristo, o Cristo não dispensa os homens na obra do soerguimento e sublimação do mundo.

‘Ide e pregai’

‘Eis que vos mando’

‘Resplandeça a vossa luz diante dos homens’

‘A Seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros’

Semelhantes afirmativas do Senhor provam a importância por ele atribuída à contribuição humana.

Amemos e trabalhemos, purificando e servindo sempre.

Onde estiver um seguidor do Evangelho aí se encontra um mensageiro do Amigo Celestial para a obra incessante do bem.

Cristianismo significa Cristo e nós.

Alkíndar de Oliveira 

O QUE É MAIS IMPORTANTE, A QUANTIDADE OU A QUALIDADE DOS CENTROS ESPÍRITAS?

De vez em quando ouço um espírita dizer: “o importante não é a quantidade de Centros Espíritas, é a qualidade”.

Será que afirmar “o importante não é a quantidade de Centros Espíritas, é a qualidade” não é imaginar que o Espiritismo não veio para o mundo, mas sim para um grupo de privilegiados? Será que a Terceira Revelação é só para nós?

Será que não seria melhor dizer, pela importância (para o mundo) dos princípios espíritas, que “o importante é a qualidade e a quantidade”?

Outros argumentam: “é preciso esperar melhorar qualitativamente os Centros Espíritas, para só então divulgarmos intensamente nossa Doutrina”.

Será?

Penso que temos que trabalhar com o que temos. Uma coisa é pensar e sonhar com o “ideal”, outra é fazer o “possível”.

Pensar que primeiro é preciso melhorar a qualidade dos Centros Espíritas, para só depois melhor divulgar a Doutrina, é semelhante à atitude de um governador de estado que resolvesse oferecer vagas às escolas públicas só depois que todo o corpo docente melhorasse a qualidade!

É semelhante ao fato de começarmos a ensinar às pessoas que é preciso primeiro esperar conseguir amar ao próximo como a si mesmo, para só depois começar a fazer a caridade!
Uma pergunta:

Sabendo que os discípulos de Jesus eram pessoas simples, comuns, sem destaque social ou cultural, pescadores, Jesus esperou que eles melhorassem qualitativamente para só depois convidá-los a segui-Lo?

Esperar ficarmos prontos, para só então começar a trabalhar, é uma grande ilusão.

Nós nunca estamos – nem estaremos – “prontos”.

Nós nunca seremos um produto acabado.

E o mesmo ocorre com os Centros Espíritas: sempre haverá alguma deficiência. Mas é preciso trabalhar. É preciso divulgar nossa Doutrina.

E de forma ousada!


Alkíndar de Oliveira 

NOVA (?). MISSÃO DOS ESPÍRITAS

“Ide a pregai a palavra divina. É chegada a hora em que deveis sacrificar, em favor da sua divulgação, hábitos, trabalhos, ocupações fúteis. Ide e pregai: os Espíritos elevados estão convosco.”

Erasto, Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 20 – Os Trabalhadores de Última Hora – Missão dos Espíritas.



As palavras do espírito protetor Erasto, não só ressaltam a importância do espírita consciente em divulgar o Espiritismo, como nos faz refletir sobre um outro ângulo da necessária divulgação. Leva-nos, as palavras de Erasto, a indagar:
“Será que esse ‘Ide e pregai’ significa pregar as palavras divinas nas casas espíritas, apenas?”
“Será que Erasto não estava utilizando de uma amplitude maior, imaginando a importância de pregarmos as palavras divinas não somente nas casas espíritas?”
É importante que conscientizemo-nos, que é missão dos espíritas, divulgar as palavras consoladoras não somente para os espíritas, mas para todas as pessoas. Não teremos dúvida quanto a essa dedução se atentarmos à seguinte frase contida no texto “Missão dos Espíritas”:
“Certamente falareis com pessoas que não quererão ouvir a palavra de Deus(…)”.
Se o espírito Erasto disse que falaríamos a quem não quer ouvir a palavra de Deus, certamente não estava se referindo aos frequentadores da Casa Espírita. A boa lógica leva-nos a concluir que nossa missão vai além do que hoje estamos fazendo. Precisamos começar um verdadeira cruzada a favor da divulgação de nossa Doutrina. O culto ao bezerro de ouro precisa ser combatido com todas as forças.
Cruzada?
Combater o culto ao bezerro de ouro?
Ao leitor que assustou-se com as palavras “cruzada” e “combater o culto ao bezerro de ouro”, atenção: essas palavras não são do autor desse artigo. Estão no Evangelho Segundo o Espiritismo, nosso guia de vida.
Essas palavras são de Erasto, que disse: “(…) parti em cruzada contra a injustiça e a maldade. Ide e aniquilai esse culto ao bezerro de ouro, que se expande dia após dia. Ide, Deus voz conduz!”
Talvez o leitor pense: “Será que essas novas atitudes não implicariam em pisarmos em terreno perigoso?”
Caro leitor, Jesus e Kardec, não pisaram em terrenos perigosos? Se Jesus e Kardec foram audaciosos, pisando em terreno “minado”, sendo maltratados, criticados e ultrajados, por que nós espíritas devemos, tranquilos, continuar sendo levados ao sabor do vento calmo?
Há um grande risco no ar!
Somos humanos. Isso significa dizer, somos falhos.
E, de repente, ansiosos por seguirmos a sugestão de Erasto, ansiosos por sermos audaciosos, como foram Jesus e Kardec, podemos errar. Podemos colocar os pés pelas mãos. A nossa palavra, não obstante revestida da boa vontade, pode criar polêmicas inúteis.
Pode desrespeitar as demais instituições, pode projetar uma imagem negativa do que é ser espírita, e do que é o Espiritismo. Por tudo isto, é importante que saibamos que, para fazer parte do grupo que divulgue o Espiritismo além das quatro paredes do Centro Espírita, é preciso que o espírita-divulgador tenha algumas especiais qualidades, dentre elas:
Seja um profundo conhecedor da Doutrina Espírita;
Seja espírita praticante;
Não faça proselitismo;
Respeite e valorize todas as instituições religiosas;
Não entre em polêmicas inúteis;
Faça prevalecer, nas eventuais discussões, o direito de escolha religiosa;
Agir sempre com brandura e bom senso.
Sabemos que encontrar pessoas que reúnam todas as qualidades acima não é impossível, mas, também, não é fácil. A tendência natural é que acatem essa missão, os espíritas que mais abraçam as palavras do que os atos.
E o ideal seria que estivessem à frente dessa cruzada, aqueles espíritas que mais valorizam os atos do que as palavras. E geralmente, obviamente com exceções, falta a esses por demais sensatos e grandiosos espíritas uma qualidade extremamente necessária no mundo de hoje: falta audácia.
Temos aí um dilema! Os que, por direito adquirido (por serem espíritas exemplares) podem cumprir com essa missão, tendem a não cumprir. Os que, ainda não adquiriram o direito de cumprir com essa missão, querem cumpri-la.
Uma observação: a afirmação de que os espíritas exemplares tendem a não cumprir com essa missão, talvez leve a interpretações de que esses não trabalham a favor do Espiritismo. Não é isso.
Todos sabemos que cada vez mais os espíritas estão atuando a favor do Espiritismo, que cada vez mais surgem compêndios e livros esclarecedores, que cada vez mais a união e a unificação têm sido meta de muitas casas espíritas.
Fácil fica entender a afirmação de que “os espíritas exemplares tendem a não cumprir com essa missão”, se o leitor não esquecer que esse artigo faz referência à um outro ângulo da divulgação, que é a missão de levar o Espiritismo para fora da casa espírita.
Caro leitor, esse artigo que você está lendo deixa de ter sentido caso você já tenha visto em sua cidade, através de cartazes, e também nos principais jornais, bem como no rádio e na televisão, a divulgação de uma palestra espírita, dirigida aos não espíritas, cujo tema seria (por exemplo) Conheça o Espiritismo e acabe com seu preconceito.
Aí vem a pergunta: é comum ocorrerem palestras espíritas dirigidas aos não espíritas de sua cidade? A resposta, quase que geral, é “não”. Se é assim, estamos bem fazendo nossa parte em relação ao “Ide e Pregai”?
Não podemos postergar essa nossa missão de levar o Espiritismo além das quatro paredes do Centro Espírita.
O desafio aí está!
Joanna de Ângelis, de forma explícita, também reforça a necessidade de levarmos, a outros cantos, a essência da Doutrina Espírita.
Nas páginas 175 e 176 do livro psicografado por Divaldo Franco, Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda, Leal Editora, 1ª edição, Joanna de Ângelis diz “cabem neste momento graves compromissos que não podem e nem devem ser postergados“.
Essa tão querida educadora espiritual passa-nos os quatro procedimentos que cabem aos espíritas E que, repetindo, “não podem e nem devem ser postergados“:
Proclamar a Era Nova;
Demonstrar a existência do mundo causal (causa e efeito);
Demonstrar a anterioridade do Espírito ao corpo;
Demonstrar os incomparáveis recursos saudáveis defluentes da conduta correta, dos pensamentos edificantes, da ação do bem ininterrupto.
Joanna de Ângelis esclarece que os procedimentos acima devem ser demonstrados “pela lógica e pelo bom senso, assim como através da mediunidade dignificada“.
Alerta-nos ainda, que esses procedimentos devem ser executados pelos “espíritas conscientes das suas responsabilidades – aqueles mesmo que se equivocaram e agora recomeçam em condições melhores –”. E ainda complementa, devemos agir “sem qualquer desconsideração pelos diferentes credos religiosos e filosofias existentes.”
Como espíritas, não nos esqueçamos: de nossa missão, segundo Erasto, e dos nossos graves compromissos, segundo Joanna de Ângelis.
Mãos à obra!
Sejamos espíritas audaciosos: sem proselitismo e sem desrespeitar as demais instituições religiosas, levemos, além de nossas quatro paredes, as palavras consoladoras de nossa amada Doutrina.
Alkíndar de Oliveira

ESPIRITISMO, O MAIS REVOLUCIONÁRIO DOS PROJETOS

O Espiritismo é o mais revolucionário projeto filosófico-científico, com consequência religiosa, que o mundo já conheceu.

Nenhum acontecimento social, histórico, filosófico, científico, religioso pode se comparar, em termos de importância, com o advento do Espiritismo.

Alguém até poderia dizer: “A vinda de Cristo foi um advento mais importante do que o surgimento do Espiritismo”.

Será?

Será que para um construtor de prédios, a base sólida de sua obra, isto é, a estrutura de concreto que vai sustentar o edifício, é mais importante do que a obra final?

Será que se esse mesmo construtor, só assentar a sólida base, mas não concluir o edifício, este teria serventia?

Será que para nosso Mestre Jesus, a fundamental obra básica que Ele construiu com sua presença na Terra, é mais importante que Sua obra teórica completa, que é o Espiritismo?

Todos os adventos religiosos, filosóficos e científicos que implicaram numa maior compreensão da vinda de Jesus à Terra, foram importantes. Não vou tirar aqui o mérito de nenhum deles. A vinda de Jesus, por exemplo, foi um momento inesquecivelmente memorável para o nosso planeta.

Mas a vinda de Jesus foi o necessário anteparo para o futuro surgimento da Terceira Revelação, pelo surgimento do Espírito Consolador, que é o Espiritismo. Em nada esta realidade tira méritos de Jesus, pois para quem no momento desta leitura começa a conjeturar conceitos ou preconceitos discordantes ao que estou dizendo, vale a pena relembrar: o Espiritismo é obra de Jesus.

O Espiritismo não é obra de Allan Kardec.

Kardec foi o eficiente e afinado instrumento da bondade e da vontade de Jesus.

Kardec foi o codificador do Espiritismo, não o criador.

Jesus é o Mestre.

Portanto, caro leitor, acredito que agora ficamos de bem, pois você percebeu que não estou desvalorizando Jesus, pelo contrário, estou reforçando a amplitude de Suas obras terrenas.

Mas a síntese dessa reflexão, é conscientizarmo-nos que o Espiritismo é o mais revolucionário projeto filosófico-científico, com consequência religiosa, que o mundo já conheceu.

Alkíndar de Oliveira