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OUÇAMOS ATENTOS

“Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça”. – Jesus.
(Mateus, 6:33).


Apesar de todos os esclarecimentos do Evangelho, os discípulos encontram dificuldade para equilibrarem, convenientemente, a bússola do coração.

Recorre-se à fé, na sede de paz espiritual, no anseio de luz, na pesquisa da solução aos problemas graves do destino.

Todavia, antes de tudo, o aprendiz costuma procurar a realização dos próprios caprichos; o predomínio das opiniões que lhe são peculiares; a subordinação de outrem aos seus pontos de vista; a submissão dos demais à força direta ou indireta de que é portador; a consideração alheia ao seu modo de ser; a imposição de sua autoridade personalíssima; os caminhos mais agradáveis; as comodidades fáceis do dia que passa; as respostas favoráveis aos seus intentos e a plena satisfação própria no imediatismo vulgar.

Raros aceitam as condições do discipulado.

Em geral, recusam o título de seguidores do Mestre.

Querem ser favoritos de Deus.

Conhecemos, no entanto, a natureza humana, da qual ainda somos participes, não obstante a posição de espíritos desencarnados. E sabemos que a vida burilará todas as criaturas nas águas lustrais da experiência.

Lutaremos, sofreremos e aprenderemos, nas variadas esferas de luta evolutiva e redentora.

Considerando, porém, a extensão das bênçãos que nos felicitam a estrada, acreditamos seria útil à nossa felicidade e equilíbrio permanentes ouvir, com atenção, as palavras do Senhor: “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça”.



Do livro: “VINHA DE LUZ” pelo espírito Emmanuel – psicografado por Francisco Cândido Xavier.





ABRE A PORTA



“E havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”. (João, 20:22).



Profundamente expressivas as palavras de Jesus aos discípulos, nas primeiras manifestações depois do Calvário.

Comparecendo à reunião dos companheiros, espalha sobre eles o seu espírito de amor e vida, exclamando: “Recebei o Espírito Santo”.

Por que não se ligaram as bênçãos do Senhor, automaticamente, aos aprendizes? por que não transmitiu Jesus, pura e simplesmente, o seu poder divino aos sucessores?

Ele, que distribuíra dádivas de saúde, bênçãos de paz, recomendava aos discípulos recebessem os divinos dons espirituais. Por que não impor semelhante obrigação?

É que o Mestre não violentaria o santuário de cada filho de Deus, nem mesmo por amor.

Cada espírito guarda seu próprio tesouro e abrirá suas portas sagradas à comunhão com o Eterno Pai.

O Criador oferece à semente o sol e a chuva, o clima e o campo, a defesa e o adubo, o cuidado dos lavradores e a bênção das estações, mas a semente terá que germinar por si mesma, elevando-se para a luz solar.

O homem recebe, igualmente, o Sol da Providência e a chuva de dádivas, as facilidades da cooperação e o campo da oportunidade, a defesa do amor e o adubo do sofrimento, o carinho dos mensageiros de Jesus e a bênção das experiências diversas; todavia, somos constrangidos a romper por nós mesmos os envoltórios inferiores, elevando-nos para a Luz Divina.

As inspirações e os desígnios do Mestre permanecem à volta de nossa alma, sugerindo modificações úteis, induzindo-nos à legítima compreensão da vida, iluminando-nos através da consciência superior, entretanto, está em nós abrir-lhes ou não a porta interna.

Cessemos, pois, a guerra de nossas criações inferiores do passado e entreguemo-nos, cada dia, às realizações novas de Deus, instituídas a nosso favor, perseverando em receber, no caminho, os dons da renovação constante, em Cristo, para a vida eterna.



Do livro: “VINHA DE LUZ” pelo espírito Emmanuel – psicografado por Francisco Cândido Xavier.







LEVANTAI OS OLHOS

“Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa”. – Jesus. (João 4:35)


O mundo está cheio de trabalhos ligados ao estômago.

A existência terrestre permanece transbordando emoções relativas ao sexo.

Ninguém contesta o fundamento sagrado de ambos, entretanto, não podemos estacionar numa ou noutra expressão.

Há que levantar os olhos e devassar zonas mais altas. É preciso cogitar da colheita de valores novos, atendendo ao nosso próprio celeiro.

Não se resume a vida a fenômenos de nutrição, nem simplesmente à continuidade da espécie.

Laborioso serviço de iluminação espiritual requisita o homem.

Valiosos conhecimentos reclamam-no a esferas superiores.

Verdades eternas proclamam que a felicidade não é um mito, que a vida não constitui apenas o curto período de manifestações carnais na Terra, que a paz é tesouro dos filhos de Deus, que a grandeza divina é a maravilhosa destinação das criaturas; no entanto, para receber tão altos dons é indispensável erguer os olhos, elevar o entendimento e santificar os raciocínios.

É imprescindível alçar a lâmpada sublime da fé, acima das sombras.

Irmão muito amado, que te conservas sobre a divina árvore da vida, não te fixes tão somente nos frutos da oportunidade perdida que deixaste apodrecer, ao abandono… Não te encarceres no campo inferior, a contemplar tristezas, fracassos, desenganos!… Olha para o alto!… Repara as frondes imortais, balouçando-se ao sopro da Providência Divina!…

Dá-te aos labores da ceifa e observa que, se as raízes ainda se demoram presas ao solo, os ramos viridentes, cheios de frutos substanciosos, avançam no infinito, na direção dos céus.




Do livro: “VINHA DE LUZ” pelo espírito Emmanuel – psicografado por Francisco Cândido Xavier.




O RÉU DA CRUZ



Em meio às perseguições
Da noite fria e sem luz,
Meus amigos do Evangelho,
Lembrai-vos do Réu da Cruz.

Sem que alguém lhe concedesse
O canto amigo de um lar,
Nasceu numa estrebaria
Por servir e por amar.

Desde a infância humilde e pobre
Na casa de Nazaré,
Trabalhava todo o dia
Entre os formões de José.

Ele, o Príncipe da Luz,
Caminho, Vida e Verdade,
Fez-se escravo pequenino
No serviço à Humanidade.

Foi Messias generoso
Da bondade e do perdão,
Trazendo ao mundo oprimido
A grande renovação.

Serviu aos ricos e aos pobres,
Ao feliz ao sofredor,
Devotou-se a toda a gente
Em sua missão de amor.

Revelou a paz do reino
Da verdade e da Bonança,
Fez brilhar na Terra escura
Novo lume de esperança.

À cegueira dos caminhos
Trouxe a luz pura e imortal,
Pelo Evangelho da Vida
Curou a lepra do mal.

Expulsou a treva espessa,
Viveu a bondade imensa,
Trouxe a bênção da fé viva,
Trabalhou sem recompensa.

Mas, em troca dos tesouros
De sua abnegação,
Recebeu pedras e espinhos
De dor e incompreensão.

Foi traído e processado,
Encarcerado e ferido,
Ele, o Mestre da Verdade,
Foi o grande escarnecido.

Se também sois humilhados,
Lembrai-vos d´Aquele Réu,
Que foi à cruz pelo crime
De abrir a visão do Céu.


Do livro “ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier



GESTOS SIMPLES



Não te proclamas inútil
Porque te falte vintém.
O amor espontâneo e puro
É a fonte de todo o bem.

Se o desejo de ajudar
É a força com que te afinas,
Resguarda-te na humildade,
Olha as coisas pequeninas.

Toda delonga no auxílio
É como luz que se atrasa;
Na exaltação do melhor,
Começa da própria casa.

À queixa dos entes caros,
Traze a bênção da esperança:
Suporta com paciência
O choro de uma criança.

Se um parente vive errado,
Dá-lhe à vida, estranha e louca,
A prece no sentimento
E a caridade na boca.

Lava o prato que te serve,
Compõe a roupa da mesa,
Toma a vassoura e protege
A formação da limpeza.

Na indiferença da rua,
Por mais pressa em teu caminho,
Estende o braço ao enfermo
Que segue triste e sozinho.

Atravessando a calçada,
Coopera em favor do asseio
E desloca todo entrave
Que perturbe o passo alheio.

Estira a semente amiga
No extenso lençol do chão,
Envolvendo a própria estrada
Em vida, perfume e pão.

Articula, onde estiveres,
Verbo doce e cristalino.
Duas frases de bondade
Elevam qualquer destino.

Não olvides que Jesus,
O Mestre da Redenção,
Trouxe a luz do Céu à Terra
No ouro do coração.


Do livro “ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier



CARTA DE NATAL



Meu amigo. Não te esqueças,
Pelo Natal do Senhor,
Abre as portas da bondade
Ao chamamento do amor.

Reparte os bens que puderes
Às luzes da devoção,
Veste os nus. Consola os tristes,
Na festa do coração.

Mas, não te esqueças de ti,
No banquete de Jesus:
Segue-lhe o exemplo divino
De paz, de verdade e luz.

Toma um novo compromisso
Na alegria do Natal,
Pois, o esforço de si mesmo
É a senda de cada qual.

Sofres? Espera e confia.
Não te furtes de lembrar
Que somente a dor do mundo
Nos pode regenerar.

Foste traído? Perdoa.
Esquece o mal pelo bem.
Deus é a Suprema Justiça.
Não deves julgar ninguém.

Esperas bens neste mundo?
Acalma o teu coração.
Às vezes, ao fim da estrada,
Há fel e desilusão.

Não tiveste recompensas?
Guarda este ensino de cor:
Ter dons de fazer o bem
É a recompensa melhor.

Queres esmolas do Céu?
Não te fartes de saber
Que o Senhor guarda o quinhão
Que venhas a merecer.

Desesperaste? Recorda.
Nas sombras dos dias teus,
Que não puseste a esperança
Nas luzes do amor de Deus.

Natal!… Lembrança divina
Sobre o terreno escarcéu…
Conchega-te aos pobrezinhos
Que são eleitos do Céu.

– Mas, ouve, irmão! Vai mais longe
Na exaltação do Senhor:
Vê se já tens a humildade,
A seiva eterna do amor.


Do livro “ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier



BILHETE DE NATAL



Meu amigo, não te esqueça,
pelo Natal de Jesus,
de cultivar na lembrança
a paz, a verdade e a luz.

Não olvides a oração
cheia de fé e de amor,
por quem passa, sobre a Terra,
encarcerado na dor.

Vai buscar o pobrezinho
e o triste que nada tem…
o infeliz que passa ao longe
sem o afeto de ninguém.

Consola as mães sofredoras
e alegra o órfão que vai
pelas estradas do mundo
sem os carinhos de um pai.

Mas escuta: Não te esqueças,
na doce revelação,
que Jesus deve nascer
no altar do teu coração.


Do livro “ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier



CANÇÃO DO NATAL



Mestre Amado agradecemos,
em teu Natal de alegria,
a paz que nos anuncia
a vida superior…
Por nossa esperança em festa,
pelo pão, pelo agasalho,
pelo suor do trabalho,
louvado seja, Senhor!…
Envoltos na luz da prece,
louvamos-te os dons supremos,
nas flores que te trazemos,
cantando de gratidão!…
Felizes e reverentes,
rogamos-te, Doce Amigo,
a bênção de estar contigo
no templo do coração.


Do livro “ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier



O DIVINO CONVITE



“Vinde a Mim, vós que sofreis!…”.
E a palavra do Senhor,
tocando nações e leis,
ressoa, cheia de amor.

Herdeiros tristes da cruz,
que seguis de alma ferida,
encontrareis em Jesus
Caminho, verdade e vida.

Famintos de paz e abrigo,
que lutais no mundo incréu,
achareis no Eterno Amigo
o Pão que desceu do Céu.

Almas sedentas de pouso,
que à sombra chorais cativas,
tereis no Mestre Amoroso
a fonte das Águas Vivas.

Venham, irmãos, a Jesus Cristo,
o Guia que nos conduz!
vosso caso está previsto
em suas lições de luz.


Do livro “ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier