De manhã, em toda casa,
Ar puro, janela aberta,
A higiene determina
O movimento de alerta.
E’ o asseio proveitoso
Que começa com presteza,
Expulsando o pó de ontem
Nos serviços da limpeza.
A vassoura range, range,
No polimento ao soalho,
Sem desprezar coisa alguma
Na expressão do seu trabalho.
Vêm escovas cuidadosas
Ao lado de espanadores
E renova-se a paisagem
Dos quadros interiores.
A água cariciosa
Que se mistura ao sabão,
Carreia o lixo, a excrescência,
Enche baldes, lava o chão.
Os livros desafogados
Mostram ordem nas fileiras,
Convidando ao pensamento
Do cinco das prateleiras.
Os móveis descansam calmos,
De novo brilho o verniz.
Toda a casa fica leve,
Mais confortada e feliz.
A limpeza efetuada
E’ novo impulso à energia,
Multiplicando as estradas
De esforço e sabedoria.
A faxina, qual se chama,
Na linguagem da caserna,
Tem seu símbolo profundo
Nos campos de vida eterna.
*
Muita gente sofre e chora,
Na dor e na inquietação,
Por nunca fazer faxina
Nas salas do coração.
Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier