Quase em todos os lugares,
Vencendo tempo e distância,
A boneca sempre atrai
A grande atenção da infância.
Em torno dela palpitam
Mil castelos pequeninos;
É a doce futilidade
Do coração dos meninos.
Nesses campos infantis
Há luta, rixa, esperança. . .
É tão frívola a boneca!
Mas faz feliz a criança.
Sabem disso os pais bondosos
E, notando a experiência,
Atendem aos pequeninos
Sem recursos à violência.
Não dilatam fantasias,
Não mentem por enganar,
Mas se valem da boneca
No intuito de ensinar.
Cada coisa, cada gesto,
Da mais ínfima expressão,
São vistos e aproveitados
Na esfera da educação.
A boneca inanimada
Constitui sempre o motivo,
De lições maravilhosas,
De trabalho evolutivo.
Há no mundo muitos homens,
Sem propósitos do mal,
Que guardam muitas bonecas
Da infância espiritual.
*
Junto deles, não condenes,
Não tenhas reprovação,
Não te faças de menino,
Jamais lhes negues a mão.
Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier