MENTORES E SANTOS

Ary Brasil Marques
Os homens gostam de ter ídolos. Em todas as atividades da vida, as pessoas elegem sempre os melhores para servirem de modelo.
Milhões de pessoas idolatram até hoje figuras exponenciais do esporte, tais como Pelé, Ayrton Senna, Hortência, João do Pulo, e muitos outros.
Na música, Frank Sinatra, Bing Crosby, Daniela Mercury, Roberto Carlos, Elis Regina e um número enorme de grandes astros, são motivo de verdadeiro fanatismo na adoração por parte de seus fãs.
A Igreja canoniza as pessoas que julga merecedores e os torna santos. A partir daí há uma devoção muito grande por parte dos fiéis que seguem a religião católica em relação aos santos. Recentemente, a Igreja canonizou e transformou em santo um brasileiro ilustre, o nosso querido frei Galvão.
Conheci o espírito frei Galvão no ano de 1966. Ele era o mentor de minha tia Lourdes, e se comunicava por ela nas reuniões mediúnicas que eram realizadas na Rua Botucatu, em São Paulo. Suas mensagens eram de uma elevação muito grande, cheias de amor e de doçura.
Acredito que o seu reconhecimento como santo é muito justo, pois consta ter um grande número de milagres que são atribuídos a frei Galvão. No entanto, não importa o reconhecimento dos homens. Tornar santo alguém por decreto é colocar uma autoridade a homens que não têm poder para medir a elevação espiritual de grandes personalidades que dedicaram sua vida a prática do bem e do amor ao próximo.
Existem mentores maravilhosos que atuam em nosso meio, nos ajudando de todas as maneiras, tais como Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Joanna de Ângelis, Francisco Cândido Xavier, André Luiz, Emmanuel, Cairbar Schutel, Atanásio, Jerônimo Mendonça e centenas de outros. Esses espíritos, de elevada posição espiritual, não estão preocupados em serem ou não considerados santos. São criaturas humanas, altamente evoluídas, assim como o nosso frei Galvão.
Certa vez chamaram o mestre Jesus de bom. E Ele, a bondade por excelência, a expressão maior do amor na face da Terra, recusou o adjetivo, dizendo que bom é o nosso Pai que está nos céus.
A mesma coisa acontece com os chamados santos. Quanto mais evoluídos eles são, menos dão importância aos elogios e às devoções. O que importa para eles é nos amar, incondicionalmente.
SBC, 23/05/2007.