Deus
Católicos, Protestantes, Espiritistas, todos eles se movimentam, ameaçados pelo monstro da separação, como se o pensamento religioso traduzisse fermento de discórdia.
Querem todos que Deus lhes pertença, mas não cogitam de pertencer a Deus.
A mais elevada concepção de Deus que podemos abrigar no santuário do espírito é aquela que Jesus nos apresentou, em no-la revelando Pai amoroso e justo, à espera dos nossos testemunhos de compreensão e de amor.
A flor é um apelo à sensibilidade, induzindo-nos a reverenciar a Perfeição Excelsa, que distribui amor e beleza, em todos os recantos do caminho.
A ciência infatigável procura, agora, a matéria-padrão, a força-origem, simplificada, da qual crê manarem todos os compostos, e é nesse estudo proveitoso, que ela própria afirmando-se ateia, descrente, caminha para o conhecimento de Deus.
É curioso notar que o próprio Cristo, em sua imersão nos fluídos terrestres, não cogitou de qualquer problema inoportuno e inadequado.
Não se sentou na praça pública para explicar a natureza de Deus e, sim, chamou-lhe hímen “Nosso Pai”, indicando os deveres de amor e reverência com que nos cabe contribuir na extensão e no aperfeiçoamento da Obra Divina.
Desde quando começou na Terra o serviço de adoração a Deus? Perde-se o alicerce da fé na sombra dos evos insondáveis.
Dir-se-ia que o primeiro impulso da planta e do verme, à procura de luz, não é senão anseio religioso da vida, em busca do Criador que lhes instila o ser.
Deus é o Pai magnânimo e justo.
Um pai não distribui padecimentos. Dá corrigendas, e toda corrigenda aperfeiçoa.
Mensagem de Emmanuel, psicografada por Francisco Cândido Xavier – do Livro “Palavras de Emmanuel”