A BÚSSOLA

Na viagem rude e longa
Em região solitária,
A todos os viajores
A bússola é necessária.

Quando a jornada é difícil,
Aquele que a tem, de perto,
Vai seguindo confortado
Na bênção do rumo certo.

Sofrem ventos formidandos
E a sombra prometa a morte,
A bússola honesta e firme
Não perde a visão do Norte.

Muita vez, em mar revolto,
Nas zonas desconhecidas,
Atende, silenciosa,
Dando fé, salvando vidas.

Tudo angústia da borrasca
E trevas de nevoeiro,
Mas a bússola responde
Aos olhos do timoneiro.

De outras vezes, no deserto,
Se palpita a inquietação,
Traduz generosamente
O conforto e a direção.

Em meio a vacilações,
Significa o resumo
De grandes consolações
A quem ame o próprio rumo.

Tanto em água revoltada,
Como em areia, em espinho,
A bússola generosa
Jamais esconde o caminho.

Nas rudes experiências
Da romagem terrenal,
Não se pode prescindir
Do rumo espiritual.

*

Se caminhas neste mundo,
Sejas moço, sejas velho,
Não esqueças, meu amigo,
A bússola do Evangelho.

Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier