Entre as coisas mais singelas
Dos planos da Natureza,
Destaca-se a pedra humilde,
Como símbolo de dureza.
Se alguém requisita imagem
Para a dor de nossa luta,
Em todas as circunstâncias
Lembremos da pedra bruta.
Entretanto, quase sempre,
Em nossa definição,
Há doses de fantasia
E gestos de ingratidão.
A pedra é santa operária,
Exemplo de intrepidez,
No campo material
É base de solidez.
No plano geral do mundo,
Ela humilde é que suporta
O peso da casa amiga,
Do lar que nos reconforta.
Além disso, se apresenta
A luta e a dificuldade,
Coopera na educação
Das forças da humanidade.
Nem sempre a pedra da estrada
Constitui espinho e dor,
Que obstáculo vencido
É posse demais valor.
É certo que a pedra esmaga
Se há preguiça e invigilância;
Mas, muitas vezes, é uma luz
Nas trevas da ignorância.
Olhando-a, nunca te esqueças
Que mesmo a dor da pedrada
Pode ser a grande bênção
De uma vida renovada.
*
Ouçamos a grande voz
Da cátedra de Jesus,
Que colheu as nossas pedras
E nos deu a Eterna Luz.
Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier