Quando o esforço principia
Em toda edificação,
Não se pode prescindir
Da alheia cooperação.
Precisa-se apoio forte,
De base através da qual
Se distribua ao serviço
Concurso e material.
Vem o andaime prestimoso,
É o seguro companheiro,
Que atende às obrigações,
Noite toda, dia inteiro.
De pé vivendo o dever,
Serve a todos com bondade,
É um exemplo de serviço,
E um símbolo de humildade.
Muita vez, pisado a esmo,
Escuro, banhado em lama,
Permanece em seu lugar,
Não se irrita, não reclama.
Findo o esforço rude e longo,
Ao rebrilhar do edifício,
Pouca gente lhe recorda
O trabalho e o beneficio.
O quadro é singelo e pobre,
Mas rara é a lição assim –
O benfeitor olvidado,
Que é fiel até o fim.
Além disso, o ensinamento,
Em suas exposições,
Apresenta aos aprendizes,
Duas belas sugestões.
Diz a primeira que um dia
Deveremos esperar,
Agir sem qualquer andaime,
Na vida particular…
*
Indaga-nos a segunda,
Se já fomos para alguém,
O andaime silencioso
Que ajuda a fazer o bem.
Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier