VÉUS

“Mas quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará”.
Paulo. (II Coríntios, 3:16)

Não é fácil rasgar os véus que ensombram a mente humana.

Quem apenas analisa, pode ser defrontado por dificuldades inúmeras, demorando-se muito tempo nas interpretações alheias.

Quem somente se convence pode tender ao dogmatismo feroz.

Muitos cientistas e filósofos, escritores e pregadores assemelham-se aos pássaros de bela plumagem, condenados a baixo voo em cipoais extensos.

Vigorosas inteligências, temporariamente frustradas por véus espessos, estão sempre ameaçadas de surpresas dolorosas, por não se afeiçoarem, realmente, às verdades que elas mesmas admitem e ensinam.

Exportadores de teorias, olvidam os tesouros da prática e daí as dúvidas e negações que, por vezes, lhes assaltam o entendimento.

Esperam o bem que ainda não semearam e exigem patrimônios que não construíram, por descuidados de si próprios.

Conseguem teorizar valorosamente, aconselhar com êxito, mas, nos grandes momentos da vida, sentem-se perplexos, confundidos, desalentados… 

É que lhes falta a verdadeira transformação para o bem, com o Cristo, e, para que sintam efetivamente a vida eterna com o Senhor, é indispensável se convertam ao serviço de redenção.

Somente quando chegam a semelhante cume espiritual é que se libertam dos véus pesados que lhes obscurecem o coração e o entendimento, atingindo as esferas superiores, em vôos sublimes para a Divindade.


Do livro “VINHA DE LUZ” pelo Espírito EMMANUEL,
psicografado por Francisco Cândido Xavier.