O REGADOR



No trabalho generoso
Que se impõe ao lavrador,
Destaca-se a parte ativa
Que compete ao regador.

Modesto, pronto ao serviço,
Que se deve à horticultura,
Atende bondosamente
A toda semeadura.

Se tarda a chuva amorosa
Para a leiva ressequida,
Vem ele silencioso
E espalha as águas da vida.

É o sublime protetor
Dos germes por excelência,
E no esforço que desdobra
Não conhece preferência.

Não separa ao benefício
Os lírios da couve-flor,
Disposto à fraternidade,
Obedece ao Pai de Amor.

Também não pede à batata
Que amadureça num dia,
E exemplifica a esperança
Em paz e sabedoria.

Amigo da sementeira,
Espalha a bondade imensa,
Servindo sem aflições
E dando sem recompensa.

Esforça-se o ano inteiro,
Muitas vezes sem intervalo,
Por cuidar de flores ricas,
Que nunca virão cuidá-lo.

*

No campo de ajuda aos outros,
Atenta no regador,
Onde o Cristo te conduza
Prestando assistência e amor.

Não procures resultados,
Não vivas de inquietação,
Faze o bem, atenta a vida,
E espera da evolução.

Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier